domingo, 27 de fevereiro de 2011

A humanidade de Jesus



Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de dores e experimentado no sofrimento. Como alguém de quem os homens escondem o rosto, foi desprezado, e nós não o tínhamos em estima. Is 53:3


Quando tentamos analisar Jesus a partir de uma vida comum a todos os homens, sempre buscamos ver Jesus como temos visto o ser humano em nossos dias, quando tentamos desmistificar Jesus quanto a sua humanidade, sempre achamos que Ser Humano foi algo diferente para o filho de Deus e Salvador dos homens, quando queremos apresentar um Cristo que assim como Salvador era Homem em seus aspectos físicos e psíquicos, nos deparamos com uma cultura mística de discernimento quanto a sua humanidade.

Porém, ao lermos nas Escrituras Sagradas versículos que falam a respeito dessa humanidade da qual Jesus adquirira encarnando-se, vemos que Nele estava tudo aquilo que demonstram uma total e completa humanidade limitada há tempo, espaço e forma. Uma humanidade que diferente de caráter tem suas características relacionadas com expectativas comuns a seres humanos comuns mas que ao mesmo tempo alimenta de dúvidas aqueles que depositam esperanças falsas de perfeição postas ou impostas a um Ser Humano pura e simplesmente para que este seja visto como algo superior e diferente dos demais. Como alguém já disse uma certa vez: “o ser humano não suporta a idéia de ver o quão humano é seu Deus.”

No verso de Isaías 53:3 podemos contemplar de forma clara e evidente que o Cristo, O Filho de Deus e Salvador de nossas vidas era tão humano quanto Deus e vise-e-versa. Se analisarmos tão somente os escritos do profeta e de como ele nos apresenta Jesus Cristo sem um conhecimento e entendimento mais aprofundado e mais teológico sobre sua declaração podemos até pensar e questionar que: como um Deus se fez tão homem? Como um Deus que fez parte de toda obra da Criação de todas as coisas está nesse instante sendo apresentado como alguém que carrega em seu corpo tudo aquilo que homens “criados” carregam sobre si e mesmo assim continuar sendo Deus e Eterno?

São questões como essa que nos maravilham quando olhamos a humanidade de Cristo e vemos nessa humanidade um exemplo de humanidade. Quando olhamos sua vida como o encarnado de Deus e assim fazemos comparações de como Jesus viveu a sua vida terrena e de como aqueles que o postecederam seguem, vivem e enfrentam todas as dificuldades de viver como ser humano.

Quando o profeta diz: “Foi desprezado e rejeitado pelos homens,” ele declara que aqui temos uma clara demonstração de que Jesus não carregava sobre si e de forma evidente, nenhuma característica especial que o diferenciasse das outras pessoas que viviam ao seu lado quando se diz respeito a sua forma física e social. Cristo não era um andróide ou um protótipo de ser humano a viver sobre a terra, Ele não carregava qualidades ou “super-poderes” que fizessem dele alguém que jamais passou desapercebido por aqueles que viviam ao seu redor, tanto familiares quanto desconhecidos. Pelo contrário, vemos que os homens de sua época viam na humanidade de Cristo aquilo que eles menos se interessavam, por isso era tido como “rejeitado”.

O texto de Isaias continua falando sobre a humanidade de Cristo e assim continua a descrever: “um homem de dores e experimentado no sofrimento.” Assim era o filho de Deus como homem, alguém que carregava em seu rosto o suor, em suas mãos os calos, e em seus pés a poeira de alguém que viviam no cumprimento de suas obrigações e que nem sempre essas obrigações traziam um resultado satisfatório, benéfico e prazeroso. Dor e sofrimento foram algumas vezes o resultado de muitas das atitudes de Jesus em sua vida social, familiar e religiosa em sua época, época essa que exigia dos homens um comportamento diferenciado por parte das exigências governamentais em todos os seus níveis e aspectos, e que com isso fazia-se necessário que um homem vivesse ao nível de homens, com responsabilidades de homens, e cumprimento de todas as exigências de uma sociedade de homens. Não encontramos nesse verso e nem nos evangelhos evidencias de quais eram essas exigências que haviam em seu tempo, mas que a história mostra que eram reais e muito exigidas para que o individuo fosse considerado membro de seu grupo social.

“Como alguém de quem os homens escondem o rosto, foi desprezado,” Vemos que no Homem Jesus, não encontrávamos qualidades inerentes daqueles que carregam sobre seus ombros Títulos e Pró-eminencia para que sejam queridos e desejados de sua companhia e presença, não fica demonstrado aqui que ter Jesus como companheiro social seria algo de que desse algum orgulho, mas que sua companhia era algo que até certo ponto poderia contribuir para um certo questionamento quanto ao nível e a aceitação de quem quer que seja diante dos mais respeitados e admirados homens de sua época. Ser desprezado, parece que foi algo que Jesus e aqueles que se aproximavam dele tinham que suportar por conta de sua pura e simples humanidade.

Dai, quando o profeta Isaías termina seu verso dizendo: “e nós não o tínhamos em estima.” deixa ainda mais evidente que assim como ter Jesus por perto não era algo de que enchesse o ego daqueles que viviam ao seu redor, ainda mais o menosprezavam por sua simplicidade na maneira de ser, de viver, e de agir, diante de todo aquele mundo greco-judaico de seu época. Mundo esse que mesmo distante em tempo do profeta Isaías, corroborou perfeitamente para que nele fosse manifesto o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Jo 1.29” 
 
 
E enquanto você reflete sobre isso, continuo crendo e pensando pois isso é o que faz crescer...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Imerecedores da Graça

 
Somos como o impuro - todos nós! Todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo. Murchamos como folhas, e como o vento as nossas iniqüidades nos levam para longe. Is. 64.6
Esse concerteza é um versículo que em nada fala daquilo que hoje em dia massacram nossos ouvidos quando ligamos a TV ou o rádio para vermos ou ouvirmos uma pregação sadia e que se preocupe somente na exaltação de Deus sem a costumeira "troca de favores" que tem se espelhado pelas pregações expostas nessa nação, talvez por que ele fale exatamente o contrário de tudo aquilo que alimenta e massageia o ego do ser humano quanto a sua capacidade de "ajudar" a Deus em Sua vontade de realizar ou não aquilo que lhe apraz.
Quando li esse texto em Isaias, me veio a mente um pensamento com relação aquilo que em muito tem nos enganado, um pensamento de que tudo o que fazemos é visto em um todo como uma representacão de o quanto somos "importantes" para a manifestação da misericórdia divina em nossa familia, vizinhos, irmãos e sociedade em geral. Homens e mulheres que dia após dia carregam sobre si mesmos a "auto excelência" de se nomearem profetas de Deus. Sem contar os que se auto apostolaram de uma autoridade sobre humana proveniente de uma divindade que ao meu ver é muito mais psiquica que divina, mas para torná-la aceitavel é necessário divinizá-la para que assim seja aceita pelos "desinformados" como manifestação de Deus.
Neste texto o profeta Isaias fala de forma clara ao povo de Israel que não eram suas atitudes e comportamentos de demonstração piedosa e religiosa que seriam capazes de torná-los dignos de receberem a misericórdia divina ou que fariam deles um povo merecedor de redenção, não seria a bondade, a compaixão, a piedade, a solidariedade e a justiça de seus atos que tornariam eles merecedores e dignos de misericórdia, como diz o profeta "Todos os nossos atos de justiça são como trapo imundo." e isso prova que podemos ser visto aos olhos humanos como Bons, mas não aos olhos divinos.
Não que uma atitude movida a bondade, compaixão, piedade, solidariedade e justiça, sejam desprezadas e não deva fazer parte de uma pessoa que busca viver os preceitos dignos de um viver para a glória de Deus, porém isso não nos torna merecedores de sua misericórdia e compaixão, isso por que por mais "bom" que sejamos, ainda assim seremos impuros e indignos Dele por conta do pecado que carregamos sobre nós mesmos.
E esse é o clamor do profeta Isaias, um clamor para que o povo escolhido por Deus reconheça que "Murchamos como folhas, e como o vento as nossas iniqüidades nos levam para longe." e com isso a nossa mediocridade de sermos fieis só é capaz de nos tornar merecedores da ira de Deus. Ira essa que foi posta sobre Cristo para que Nele toda a justiça de Deus fosse satisfeita e assim a Sua Salvação alcançasse Seu povo unica e exclusivamente através de sua Graça e misericórdia manifesta por intermédio de seu filho Jesus Cristo.
Que a cada dia possamos reconhecer o quanto padecemos dessa graça e dessa misericóridia sobre nós, não somente por nos encontramos em situações adversas a nossa vontade, mesmo porque tudo faz parte de um propósito, mas que venhamos colocar nossa esperança e nossa fé não naquilo que fazemos, mas naquilo que já foi feito, naquilo que jamais seriamos capazes de fazer, naquilo que imerecedores que somos foi feito por nós, naquilo que é e deverá sempre ser o único motivo de nossa confiança, A Graça de Deus por meio de Seu Filho Jesus. Nossa Salvação!
 
E enquanto você reflete sobre isso, continuo crendo e pensando, pois isso é o que faz crescer...

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Lista dos Deputados Evangélicos que votaram contra salário mínimo mais justo



"Aquele, pois, que sabe o bem que deve fazer e não o faz comete pecado." Tiago 4:17


"Até quando defendereis os injustos, e tomareis partido ao lado dos ímpios? Defendei a causa do fraco e do órfão; protegei os direitos do pobre e do oprimido. Livrai o fraco e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios. Eles nada sabe, e nada entendem. Andam em trevas." Salmos 82:2-5a


Abaixo segue a lista com os nomes dos parlamentares evangélicos que preferiram ser fiéis à orientação partidária, a serem fiéis aos princípios de justiça preconizados no Evangelho de Jesus, votando contra um salário mais digno para o trabalhador brasileiro. A questão é: eles são deputados cristãos, ou cristãos deputados? Porque se forem cristãos deputados, devem mais lealdade a Cristo e ao povo do que ao partido. O partido lhes deu a legenda, mas foi o povo que lhes confiou o voto. Eis a lista:


1. Anderson Ferreira

2. André Zacharow
3. Aguinaldo Ribeiro
4. Antonio Bulhões
5. Anthony Garotinho
6. Antônia Lúcia
7. Aureo
8. Benedita da Silva
9. Cleber Verde
10. Dr. Grilo
11. Edinho Araújo
12. Edmar Arruda
13. Edivaldo Holanda Junior
14. Eduardo Cunha
15. Erivelton Santana
16. Fátima Pelaes
17. Filipe Pereira
18. George Hilton
19. Heleno Silva
20. Íris de Araújo
21. Jefferson Campos
22. Jhonatan de Jesus
23. Josué Bengtson
24. Laercio Oliveira
25. Lauriete
26. Leonardo Quintão
27. Liliam Sá
28. Lincoln Portela
29. Lourival Mendes
30. Manato
31. Marcelo Aguiar
32. Mário de Oliveira
33. Márcio Marinho
34. Missionário José Olimpio
35. Neilton Mulim
36. Nilton Capixaba
37. Otoniel Lima
38. Oziel Oliveira
39. Pastor Eurico
40. Pastor Marco Feliciano
41. Paulo Freire
42. Professor Setimo
43. Ronaldo Fonseca
44. Ronaldo Nogueira
45. Sérgio Brito
46. Sueli Vidigal
47. Silas Câmara
48. Sabino Castelo Branco
49. Hidekazu Tayama
50. Vitor Paulo
51. Walter Tosta
52. Walney Rocha
53. Washington Reis
54. Zé Vieira
55. Zequinha Marinho


Para sermos justos, oferecemos também a seguir a lista dos parlamentares evangélicos cujos votos foram favoráveis à emenda que concedia o aumento maior do o oferecido pelo governo.



Andreia Zito
Arolde de Oliveira
Bruna Furlan
Fernando Francischini
Henrique Afonso
João Campos
Jorge Tadeu Mudalen
Onyx Lorenzon
Romero Rodrigues
Ruy Carneiro
Vaz de Lima


Abstiveram-se de votar: Lindomar Garçon e pastor Roberto de Lucena


"Ais dos que decretam leis injustas, e dos escrivães que escrevem perversidades, para privar da justiça os pobres." Isaías 10:1



"Os teus príncipes são rebeldes, companheiros de ladrões; cada um deles ama o suborno, e corre atrás de presentes." Isaías 1:23a



Desta vez prefiro não fazer comentários e deixar que a Bíblia fale por si. Se é que esses homens ainda têm algum temor a Deus e reverência à Sua Palavra...Desculpem-me pelo tom, mas estou revoltado com esta bancada evangélica (ou seria cambada evangélida?) Nojo!

Por: Hermes C. Fernandes - Via Genizah 




Meu comentário:

Esse foi um dos melhores post que já li desde que entrei nessa blogosfera, pelo seu conteudo denunciante, todavia foi também o mais vergonhoso de se ver! É inadimissivel ver homens e mulheres que se auto intitulam homens e mulheres de Deus fazerem exatamente aquilo que os impios fazem contra a população já bastante distratada desse país, e a favor de seus interesses mesquinhos egoistas e nada cristãos.

Não se faz necessário falar muita coisa diante de textos bíblicos tão nítidos quanto esses que estão no post, mas só uma coisa me veio a mente depois que li esse post. Você que votou nesses deputados por serem "homens e mulheres de Deus" estão orgulhosos?

"NOJO!" Descreveu muito bem o que senti ao ler tudo isso. Lamentável


E enquanto você reflete sobre isso (indignisse) eu indignado, continuo crendo e pensado pois isso é o que faz crescer...

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Manifesto brasileiro

 
 
Este artigo não tem cunho teológico apesar de ser minha intenção atingir os cristãos e até os não cristãos que acessam o blog e compartilham do mesmo pensamento, e àqueles que discordam, todo dia é dia de rever conceitos. (rsrs...)

Tenho sentido nesses últimos dias uma inquietação em minha alma com relação a nossa sociedade, e quando falo em sociedade não estou sendo específico a nenhuma classe social, apesar de que com algumas exceções, um pequeno grupo não se sente tão vitima de tudo o que temos visto e ouvido, apesar de muitos taparem olhos e ouvidos para a realidade e preferirem viver alheios em seus “mundinhos”.

Antes de tudo, confesso que nunca fui tão perceptivo e interessado em questões que nos atingem quase que inevitavelmente como população integrante de um sistema sócio-político, talvez seja esse o principal motivo que nos deixe tão reféns desse sistema, a falta de interesse pela forma de como ele é conduzido. Essas questões que tem nos cercado ao ponto de nos sufocar são as que estão a essa altura na proeminência dos acontecimentos, mas disso falo mais adiante.

A priori, quero começar falando sobre nós, população brasileira que vive seu ápice de consumismo e de valorização das coisas sem valor, uma sociedade que tem como prática cultural de sua grande maioria, cultuar seu próprio nariz, uma sociedade que chegou a era da informação com o maior numero de desinformados, e isso não se dá apenas pela educação defeituosa oferecida por nosso governo, mas também pela desestruturação familiar que tem criado seus filhos como se fossem uma carga pesada a ser levada por um certo tempo, e que mais na frente é abandonada a sua própria sorte. (Família desestruturada = Sociedade desestruturada)

Nossos princípios são egoísmo e auto-satisfação, nossos propósitos, satisfazer o EGO e preencher o vazio da nossa existência com algo rápido, prático e duradouro, sendo que para isso usamos na maioria das vezes as coisas mais insignificantes que foram “inventadas”, e que jamais servirão para tal propósito por serem superficiais, nosso velho modismo. Práticas superficiais para pessoas superficiais que vivem sentimentos superficiais e se satisfazem com tudo o que é superficial, resultado? Vida superficial. E toda essa superficialidade tem suas conseqüências, e geralmente essas conseqüências são drásticas, dolorosas e imperceptíveis em primeiro plano.

E aí, a conseqüência de todo esse desprezo que damos a coisas importantes e verdadeiramente úteis ficam renegadas como descartáveis e dispensáveis em sua grande maioria já que não trarão o resultado sem a necessidade de esforço, pois o que importa é satisfazer o imediatismo nosso de cada dia mesmo que para isso eu perca a capacidade de analisar os motivos e objetivos de tudo que estar ao redor.

Com isso, criou-se uma sociedade capaz de viver monopolizada por sua incapacidade de dirigir seu próprio pensamento. Pensamento esse que está cativo a um desejo, uma vontade, um sentimento, que na maioria das vezes não se sabe nem o quê ou o porquê de sua maneira de pensar. Mas isso, não é o X da questão desse artigo.

A questão é: enquanto vivemos essa “existência” que chamamos de vida, existem aqueles que por “habilidade” não sei se natural ou adquirida, aproveitam-se dessa forma de encarar a vida da grande maioria da nossa nação, e de maneira cruel fazem e desfazem de forma bizarra e sem nenhum escrúpulo, todo tipo de atrocidade social e política, e tudo isso com o aval dos mesmos que posteriormente serão massacrados e humilhados pelos seus “representantes” que os enganam em suas próprias vontades.

Vemos e revemos dia após dia em todo tipo de mídia (umas confiáveis e outras nem tanto) os abusos cometidos pelos gestores públicos em todas as escalas e níveis existentes, usam e abusam de direitos criados por eles mesmos e que só beneficiam eles mesmos, para com isso obterem não só vantagens financeiras, mas também para adquirirem “poder” sobre outros.

E esse sistema governamental tem como sua pior conseqüência não só a evasão e a apropriação indevida de recursos públicos, mas cria a filosofia de que qualquer um em qualquer nível público ou privado pode usar de meios ilícitos para obter vantagens, e essa prática é absorvida pelo pensamento do “nada acontece” e assim a freqüência vai dando a impressão de que “o que não pode” já é permitido.

E enquanto vemos a proliferação de abusos cometidos por repartições publicas e empresas fornecedoras de necessidades básicas como água, luz e telefone, cometendo abusos e desmandos de toda natureza e ainda “escravizam” seus clientes que não tem opção de mudança, e por isso somos obrigados a somente aceitarmos (de preferência calados!) toda essa situação.

E de quem é a culpa? Do governo? Dos donos dessas empresas? Do sistema que massacra a muitos para o proveito de poucos? Eu diria que no caso de nosso país o maior culpado não são esses citados, mas a nossa passividade e aceitação de tudo aquilo que acontece ao nosso redor, e que no final das contas somos os mais prejudicados. Preferimos dar mais importância ao nosso futebol, ao nosso carnaval, as nossas inutilidades (novelas e outros) de entretenimento, a ter que prestarmos esse tempo em favor de situações verdadeiramente importantes.

Somos escravos não do sistema, não do governo, não das empresas, mas da nossa incapacidade de nos indignarmos e agirmos em favor do bem comum, bem esse que é maior e mais amplo que nossa vontade egoísta de cada dia.

Não é apenas um pensamento religioso que fará do nosso país um lugar mais justo e menos corrupto, é sim acreditarmos que enquanto formos exclusivistas ao invés de inclusivistas sempre seremos escravos de nossa incapacidade de pensar e agir em conjunto.

Quer um país mais justo e de melhor resultado social? Viva não somente para você, mas para o bem comum. Ser cidadão é papel de quem acredita que tudo pode ser diferente.
 
E enquanto você reflete sobre isso, eu continuo (indignado) crendo e pensando, pois isso é o que faz crescer.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A cruz do passado, e a cruz do presente.



Silenciosamente e sem que se apercebesse, uma nova cruz apareceu nesses tempos modernos tomando conta dos círculos evangélicos. É muito parecida com a velha cruz, mas só na aparência, porque é diferente: A semelhança é superficial, e a diferença fundamental. Dessa nova cruz apareceu uma nova filosofia de vida cristã e a partir dessa nova filosofia surgiu uma nova técnica evangélica, um novo tipo de culto e de pregações. Esse novo evangelismo usa a mesma linguagem que o antigo, mas seu conteúdo já não é o mesmo e suas ênfases não são iguais ao velho evangelho.

A velha cruz não estava engajada com o mundo. Para a velha carne adâmica ela significava o fim de uma jornada. Carregava consigo a sentença imposta pela lei do Sinai. A nova cruz não se opõe à raça humana, ao contrário, é uma amiga e, se bem compreendida tornou-se a fonte de bem-estar, de beleza e de inocentes prazeres mundanos. Ela permite que o Adão viva sem interferências. As motivações de sua vida continuam a mesma; o homem não muda. Continua a viver para seu próprio prazer, com a diferença de que agora se deleita em cantar hinos e de ver filmes cristãos – os quais se tornaram substitutos das músicas do mundo e das bebidas. A tônica de sua vida continua o prazer – um prazer num nível mais elevado e intelectualizado.

A nova cruz encoraja uma abordagem evangelística totalmente diferente. O novo evangelho não exige que a pessoa renuncie à vida de pecado para poder receber uma nova vida. Ele não aborda os contrastes, mas as similaridades. Faz questão de mostrar ao seu auditório que o cristianismo não faz exigências e demandas desconfortáveis, ao contrário, oferece o que o mundo dá, apenas num nível superior. Os glamoures do mundo são substituídos pelos glamoures da nova religião que é um produto bem melhor.

A nova cruz não sacrifica o pecador, apenas o redireciona. Ela o conduz por uma vida mais limpa e alegre e preserva sua auto-reputação. Para o auto-determinado diz: Venha e tome uma determinação por Cristo. Ao egoísta proclama: Venha e se alegre no Senhor. Para o aventureiro, diz: Venha e descubra a aventura da comunhão cristã.

A mensagem cristã segue a moda em voga para ser aceitável ao público. A filosofia por trás dessa cruz pode até ser sincera, mas a sinceridade não encobre sua falsidade. É falsa porque é cega. Perde de vista completamente o sentido da cruz. A velha cruz é símbolo de morte. Está ali para dizer ao homem de forma violenta que sua vida chegou ao fim. No império romano quando alguém passava pelas estreitas ruas carregando uma cruz, já havia se despedido de todos os amigos. Não podia voltar atrás. Tinha de seguir até o fim.

A cruz não permitia acordos, nada modificava e nada preservava. Ela matava o homem completamente e para seu bem. A cruz não fazia acordos com sua vítima; ela agia de maneira cruel e dura, e quando sua tarefa terminava, o velho homem deixava de existir. A raça adâmica está condenada a morrer. Não há comutação ou substituição da pena nem escape.

Deus não aprova nenhum dos frutos do pecado, por mais inocente ou belo que pareçam aos olhos do ser humano. Deus salva o homem liquidando-o completamente pra depois ressuscitá-lo a um novo estilo de vida. A evangelização que traça paralelos amistosos entre os caminhos de Deus e do homem é falsa, anti-bíblica e cruel para as almas dos ouvintes.

A fé de Cristo não anda paralela com o mundo; ela o intercepta. Ao nos achegarmos a Cristo não elevamos nossa velha vida a um plano maior; nós a deixamos na cruz. O grão precisa ser enterrado e morrer, antes de ressurgir uma nova planta. Nós os que pregamos o evangelho devemos deixar de lado a ideia de que somos agentes do bom relacionamento de Cristo com o mundo. Não podemos alimentar a ideia de que fomos comissionados para tornar Cristo agradável aos grandes homens de negócios, à imprensa, à mídia, ao mundo dos esportes e da cultura. Não somos diplomatas; somos profetas, e nossa mensagem não é uma aliança, um acordo, e sim um ultimato.

Deus oferece vida, mas não a improvisação da velha vida. A vida que ele oferece é vida que nasce da morte. É uma vida que se posiciona ao lado da cruz. Todos os que a querem têm de passar sob a vara. Precisam negar-se a si mesmo aceitando a justiça de Deus sobre sua vida. O que dizer de uma pessoa condenada que encontra vida em Cristo Jesus? Como essa teologia pode ser aplicada à sua vida? Simples: O homem tem que se arrepender e crer. Ele precisa deixar para trás seus pecados e depois sentir-se perdoado. Não pode encobrir coisa alguma, defender-se e escusar-se.

O homem não pode tentar fazer acordos com Deus, tem que baixar a cabeça ante o descontentamento divino. Deve reconhecer que está disposto a morrer. Depois, espera e confia no Senhor ressuscitado, porque do Senhor vem a vida, o renascimento, a purificação e o poder.

A cruz que deu fim à vida terrena de Jesus põe fim ao pecador; e o poder que ressuscitou a Cristo dos mortos, agora ergue o pecador para sua nova vida com Cristo. Àqueles que fazem objeção a esse fato ou acham que é um ponto de vista estreito e particular da verdade, é preciso dizer que Deus estabeleceu sua marca de aprovação dessa mensagem dos dias de Paulo até hoje. Ditas ou não com essas mesmas palavras, este tem sido o conteúdo de todas as pregações que trouxeram vida e poder ao mundo ao longo dos séculos. Os místicos, os reformadores e os avivalistas deram ênfase à cruz, e sinais, milagres e maravilhas de poder do Espírito Santo são testemunhas da aprovação de Deus.

Será que nós, os herdeiros desse legado de poder podemos contender com a verdade? Será que podemos com nossos lápis (escritos) apagar a marca registrada ou alterar o modelo que nos foi mostrado no monte? Que Deus nos proíba! Preguemos sobre a velha cruz e conheceremos o velho poder.
 
Por: A. W. Tozer
 
Extraído de Man, the dwelling place of God (O homem, habitação de Deus), 1966.
 
Fonte: Revival School - Via: Bereianos

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O Mito do Livre Arbítrio



A maioria das pessoas diz que crê no “livre-arbítrio”. Você tem alguma idéia do que isso significa? Acredito que você achará grande quantidade de superstição sobre este assunto. A vontade é louvada como o grande poder da alma humana, que é completamente livre para dirigir nossa vida. Mas, do que ela é livre? E qual é o seu poder?

O mito da liberdade circunstancial

Ninguém nega que o homem tem vontade – ou seja, a capacidade de escolher o que ele quer dizer, fazer e pensar. Mas, você já refletiu sobre a profunda fraqueza de sua vontade? Embora você tenha a habilidade de fazer uma decisão, você não tem o poder de realizar seu propósito. A vontade pode planejar um curso de ação, mas não tem nenhum poder de executar sua intenção.

Os irmãos de José o odiavam. Venderam-no para ser um escravo. Mas Deus usou as ações deles para torná-lo governador sobre eles. Escolheram seu curso de ação para fazer mal a José. Mas, em seu poder, Deus dirigiu os acontecimentos para o bem de José. Ele disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem” (Gn 50.20).

E quantas de nossas decisões são terrivelmente frustradas? Você pode escolher ser um milionário, mas a providência de Deus talvez o impedirá. Você pode decidir ser um erudito, mas a saúde ruim, um lar instável ou a falta de condições financeiras podem frustrar sua vontade. Você escolhe sair de férias, mas, em vez disso, um acidente de automóvel pode enviar-lhe para o hospital.

Por dizer que sua vontade é livre, certamente não estão queremos dizer que isso determina o curso de sua vida. Você não escolheu a doença, a tristeza, a guerra e a pobreza que o têm privado de felicidade. Você não escolheu ter inimigos. Se a vontade do homem é tão poderosa, por que não escolhemos viver sem cessar? Mas você tem de morrer. Os principais fatores que moldam a sua vida não se devem à sua vontade. Você não seleciona sua posição social, sua cor, sua inteligência, etc.

Qualquer reflexão séria sobre a sua própria experiência produzirá esta conclusão: “O coração do homem traça o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos” (Pv 16.9). Em vez de exaltar a vontade humana, devemos humildemente louvar o Senhor, cujos propósitos moldam a nossa vida. Como Jeremias confessou: “Eu sei, ó Senhor, que não cabe ao homem determinar o seu caminho, nem ao que caminha o dirigir os seus passos” (Jr 10.23).

Sim, você pode escolher o que quer e pode planejar o que fará, mas a sua vontade não é livre para realizar qualquer coisa contrária aos propósitos de Deus. Você também não tem o poder de alcançar seus objetivos, mas somente aqueles que Deus lhe permite alcançar. Na próxima vez que você tiver tão enamorado de sua própria vontade, lembre a parábola de Jesus sobre o homem rico. O homem rico disse: “Farei isto: destruirei os meus celeiros, reconstruí-los-ei maiores e aí recolherei todo o meu produto e todos os meus bens... Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma” (Lc 12.18-21). Ele era livre para planejar, mas não para realizar. O mesmo acontece com você.

O mito da liberdade ética

A liberdade da vontade é citada como um fator importante em tomar decisões morais. Diz-se que a vontade do homem é livre para escolher entre o bem e o mal. Novamente temos de perguntar: do que ela é livre? E o que a vontade do homem é livre para escolher?

A vontade do homem é o seu poder de escolher entre alternativas. Sua vontade decide realmente suas ações dentre várias opções. Você tem a capacidade de dirigir seus próprios pensamentos, palavras e atos. Suas decisões não são formadas por uma força exterior, e sim dentro de você mesmo. Nenhum homem é compelido a agir em contrário a sua vontade, nem forçado a dizer o que ele não quer dizer. Sua vontade guia suas ações.

Isso não significa que o poder de decidir é livre de todas as influências. Você faz escolhas baseado em seu entendimento, seus sentimentos, nas coisas de que gosta e de que não gosta e em seus apetites. Em outras palavras, a sua vontade não é livre de você mesmo! As suas escolhas são determinadas por seu caráter básico. A vontade não é independente de sua natureza, e sim escrava dela. Suas escolhas não moldam seu caráter, mas seu caráter guia suas escolhas. A vontade é bastante parcial ao que você sabe, sente, ama e deseja. Você sempre escolhe com base em sua disposição, de acordo com a condição de seu coração.

É por essa razão que a sua vontade não é livre para fazer o bem. Sua vontade é serva de seu coração, e seu coração é mau. “Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração” (Gn 6.5). “Não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (Rm 3.12). Nenhum poder força o homem a pecar em contrário à sua vontade; os descendentes de Adão são tão maus que sempre escolhem o mal.

Suas decisões são moldadas pelo seu entendimento, e a Bíblia diz sobre todos os homens: “Antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato” (Rm 1.21). O homem só pode ser justo quando deseja ter comunhão com Deus, mas “não há quem busque a Deus” (Rm 3.11). Seus desejos anelam pelo pecado, e, por isso, você não pode escolher a Deus. Escolher o bem é contrário à natureza humana. Se você escolher obedecer a Deus, isso será resultado de compulsão externa. Mas você é livre para escolher, e sua escolha está escravizada à sua própria natureza má.

Se carne fresca e salada fossem colocadas diante de um leão faminto, ele escolheria a carne. Isso aconteceria porque a natureza do leão dita a escolha. O mesmo se aplica ao homem. A vontade do homem é livre de força exterior, mas não é livre das inclinações da natureza humana. E essas inclinações são contra Deus. O poder de decisão do homem é livre para escolher o que o coração humano dita; portanto, não há possibilidade de um homem escolher agradar a Deus sem a obra anterior da graça divina.

O que muitas pessoas querem expressar quando usam o termo livre-arbítrio é a idéia de que o homem é, por natureza, neutro e, por isso, capaz de escolher o bem ou o mal. Isso não é verdade. A vontade humana e toda a natureza humana é inclinada continuamente para o mal. Jeremias perguntou: “Pode, acaso, o etíope mudar a sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal” (Jr 13.23). É impossível. É contrário à natureza. Portanto, os homens necessitam desesperadamente da transformação sobrenatural de sua natureza, pois sua vontade está escravizada a escolher o mal.

Apesar do grande louvor que é dado ao “livre-arbítrio”, temos visto que a vontade do homem não é livre para escolher um curso contrário aos propósitos de Deus, nem é livre para agir em contrário à sua própria natureza moral. A sua vontade não determina os acontecimentos de sua vida, nem as circunstâncias dela. Escolhas éticas não são formadas por uma mente neutra, são sempre ditadas pelo que constitui a sua personalidade.

O mito da liberdade espiritual

No entanto, muitos afirmam que a vontade humana faz a decisão crucial de vida espiritual ou de morte espiritual. Dizem que a vontade é totalmente livre para escolher a vida eterna oferecida em Jesus ou rejeitá-la. Dizem que Deus dará um novo coração a todos que, pelo poder de seu próprio livre-arbítrio, escolherem receber a Jesus Cristo.

Não pode haver dúvida de que receber a Jesus Cristo é um ato da vontade humana. É freqüentemente chamado de “fé”. Mas, como os homens chegam a receber espontaneamente o Senhor? A resposta habitual é: “Pelo poder de seu próprio livre-arbítrio?” Como pode ser isso? Jesus é um Profeta – e receber a Jesus significa crer em tudo que ele diz. Em João 8.41-45, Jesus deixou claro que você é filho de Satanás. Esse pai maligno odeia a verdade e transmitiu, por natureza, essa mesma propensão ao seu coração. Por essa razão, Jesus disse: “Porque eu digo a verdade, não me credes”. Como a vontade humana escolherá crer no que a mente humana odeia e nega?

Além disso, receber a Jesus significa aceitá-lo como Sacerdote – ou seja, utilizar-se dele e depender dele para obter paz com Deus, por meio de seu sacrifício e intercessão. Paulo nos diz que a mente com a qual nascemos é hostil a Deus (Rm 8.7). Como a vontade escapará da influência da natureza humana que foi nascida com uma inimizade violente para com Deus? Seria insensato a vontade escolher a paz quando todo as outras partes do homem clamam por rebelião.

Receber a Jesus também significa recebê-lo como Rei. Significa escolher obedecer seus mandamentos, confessar seu direito de governar e adorá-lo em seu trono. Mas a mente, as emoções e os desejos humanos clamam: “Não queremos que este reine sobre nós” (Lc 19.14). Se todo o meu ser odeia a verdade de Jesus, odeia seu governo e odeia a paz com Deus, como a minha vontade pode ser responsável por receber a Jesus? Como pode um pecador que possui tal natureza ter fé?

Não é a vontade do homem, e sim a graça de Deus, que tem que ser louvada por dar a um pecador um novo coração. A menos que Deus mude o coração, crie um novo espírito de paz, veracidade e submissão, a vontade do homem não escolherá receber a Jesus Cristo e a vida eterna nele. Um novo coração tem de ser dado antes que um homem possa escolher, pois a vontade humana está desesperadamente escravizada à natureza má do homem até no que diz respeito à conversão. Jesus disse: “Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo” (Jo 3.7). A menos que você nasça de novo, jamais verá o reino de Deus.

Leia João 1.12-13. Essa passagem diz que aqueles que crêem em Jesus foram nascidos não “da vontade do homem, mas de Deus”. Assim como a sua vontade não é responsável por sua vinda a este mundo, assim também ela não é responsável pelo novo nascimento. É o seu Criador que tem de ser agradecido por sua vida. E, “se alguém está em Cristo, é nova criatura” (2 Co 5.17). Quem escolheu ser criado? Quando Lázaro ressuscitou dos mortos, ele pôde, então, escolher obedecer o chamado de Cristo, mas ele não pôde escolher vir à vida. Por isso, Paulo disse em Efésios 2.5: “Estando nós mortos em nossos delitos, [Deus] nos deu vida juntamente com Cristo, — pela graça sois salvos” (Ef 2.5). A fé é o primeiro ato de uma vontade que foi tornada nova pelo Espírito Santo. Receber a Cristo é um ato do homem, assim como respirar, mas, primeiramente, Deus tem de dar a vida.

Não é surpreendente que Martinho Lutero tenha escrito um livro intitulado A Escravidão da Vontade, que ele considerava um de seus mais importantes tratados. A vontade está presa nas cadeias de uma natureza humana má. Você que exalta, com grande força, o livre-arbítrio está se agarrando a uma raiz de orgulho. O homem, caído no pecado, é totalmente incapaz e desamparado. A vontade do homem não oferece qualquer esperança. Foi a vontade, ao escolher o fruto proibido, que nos colocou em miséria. Somente a poderosa graça de Deus oferece livramento. Entregue-se à misericórdia de Deus para a sua salvação. Peça ao Espírito de Graça que crie um espírito novo em você.
 
Texto: Bereianos 
Imagem: Minha

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Enganosa confissão positivista



Uma das grandes marcas dos evangélicos e das igrejas (principalmente neopentecostais) no século XXI tem sido a “Confissão Positivista”, uma prática adotada para dar ao “mundo” uma “falsa” demonstraçao de fé e confiança no Deus soberano que, em meio a essa “deformidade de fé” fica renegado a apenas um “resolvedor de causas” ou um “empregado da fé” que move-se todas as vezes que seus requeridores de milagres entram em ação com suas exigencias por tais feitos, já que esses são “filhos do rei” e que por isso podem dizer e pedirem o que quiserem independente da vontade do Criador.

Essa tem sido uma prática constante de grande parte dos evangélicos atuais e que tem se ploriferado em todo e qualquer lugar onde esses mesmos evangélicos podem se manifestar com suas palavras “pré-fabricadas”. Tais confissões são muito mais um instrumento de auto-ajuda do que uma ferramenta eficaz para a manifestação da graça divina. Ao meu ver, em princípio é muito mais um ato de “místicismo gospel” (dentre tantos) à uma declaração de fé e confiança, pois tais confissões são pautadas principalmente no desejo egocentrico de sanar de todas as formas, ansias e desejos pessoais que permeiam os corações egoistas e que geram uma falsa confiança e esperança.

Tais práticas, tem sido a ferramenta principal que tem movido pregações e pregadores nos dias atuais, principalmente os adebitos da teologia da prosperidade, e que para os tais, se você não aderi, é por que você não “crê”. Essa sandice tem também ao mesmo tempo infectado os seguidores desses “lobos devoradores”, e esses espalham todas essas “confissões positivistas” como se fosse a maior forma de manifestação da verdade bíblica de Deus para o homem, e por isso tem sido criado uma geração de “crentes papagaios”, que apenas repetem de forma incessante palavras vazias e que só alcançam os ouvidos e os corações daqueles que como eles tem seus corações e mentes cheios de desejos egoistas. E o pior de tudo, é que chamam toda essa babozeira de Pregação do Evangelho. Lamentável!
 
Como disse Deus através de seu profeta Oséias “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; Os. 4:6a” e essa falta de conhecimento em todas as escalas das Escrituras e também da vida Cristã, tem levado grande parte dos evangélicos dessa nação a um novo cativeiro, que muitos vivem e nem percebem, o cativeiro de suas necessidades. Esse cativeiro não é composto pela dor da perda, pela dor da não resposta, pela dor da não satisfação própria, mas é composto pela escravidão à essas coisas, que lhes são impostas por aqueles em quem muitos tem depositado a “incredulidade” e a sua “incapacidade” de buscarem o conhecimento da verdade.

E com isso, o que mais tenho visto por todos os lugares humanos e virtuais que visito, são pessoas que expressam uma pseudo fé naquilo que não passa de “expressões de auto-ajuda” que tentam muito mais dar e elas mesmas uma sensação de conformidade com qualquer tipo de situação à terem que mudar seus comportamentos mesquinhos. Essas confissões compostas por coisas do tipo “Hoje Deus vai me dar!” ou “Hoje Deus vai fazer pra mim!” e etc, nos dá a impressão de que Deus estivesse nos devendo alguma coisa e que dessa maneira, temos o total e completo direito de “Cobra-lo” por tais feitos ou milagres.
 
Acredito que Cristo não sacrificou-se para que nós tivessemos plena satisfação em tudo aquilo que desejamos ou queremos, Seu sacrificio foi para que tivessemos a única coisa da qual não podemos viver sem, a certeza da redenção. Mas o que vemos em todos os lugares e principalmente na mídia evangélica neopentecostalista que tem se espalhado como erva daninha nesse país, é que essa redenção é mais uma consequência de uma vida “abençoada” pela realização de todos os desejos e vontades “mundanas” que habitam o coração daqueles que usam e fazem do Evangelho uma moeda de troca e monopólio da grande maioria, do que um ato misericordioso, único e necessário da graça abundante e infinita de Deus para o pecador, redenção de seus pecados.


E enquanto você reflete sobre isso, continuo crendo e pensando, pois isso é o que faz crescer...

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Número de divórcios mais do que dobra em São Paulo em 2010



Os cartórios de notas do Estado de São Paulo realizaram, em 2010, 9.317 divórcios, um aumento de 109% sobre o ano anterior, quando ocorreram 4.459 separações. O levantamento foi feito pelo Colégio Notarial do Brasil - Seção São Paulo (CNB-SP), entidade que representa o setor no Estado.

Segundo a entidade, esse crescimento deve-se à maior facilidade que os casais passaram a ter com a publicação, em julho do ano passado, da Emenda Constitucional 66, que extinguiu os prazos de oficialização. Antes, os casais só podiam romper o vínculo do casamento civil após um ano de separação formal ou dois vivendo em casas separadas.

Ainda segundo o comunicado, os divórcios em cartórios começaram em 2007 após a autorização obtida com a Lei 11.441. Naquele ano, ocorreram 4.080 formalizações sem a necessidade de ingresso no Poder Judiciário “porque foram resolvidos consensualmente em cartório perante um tabelião de notas”. Esse número subiu para 4.394 no ano seguinte.

O CNB-SP afirma que, com a lei, “a população não precisa mais recorrer ao Poder Judiciário para realizar divórcios, separações e inventários consensuais, desde que não haja filhos menores ou incapazes envolvidos”. Em alguns casos de menor complexidade, a documentação pode sair no mesmo dia em que o interessado deu entrada nos papéis.

Para conseguir o divórcio em um cartório, no entanto, o casal tem de estar em comum acordo, não ter filhos ou menores sob a sua responsabilidade. Na escritura pública lavrada pelo tabelião, o casal deverá estipular as questões relativas à partilha dos bens (se houver), ao pagamento ou dispensa de pensão alimentícia e à definição quanto ao uso do nome se um dos cônjuges tiver adotado o sobrenome do outro.
 
Fonte: Uol 
 
 
Meu comentário:

Pois é caros leitores, essa notícia a principio até parece uma notícia qualquer, porém demonstra de forma clara o estado de falência em que se encaminha a vida conjugal do “homem moderno”, cheio de toda a espécie de opiniões e culturas adquiridas com as facilidades de uma vida moderna onde cada um vive a busca de sua própria “independência”, contudo essa mesma independência que tanto é almejada e desejada de maneira plena tem deixado muitos sem a menor perspectiva e expectativa de que compartilhar da vida com outra pessoa na forma do matrimonio, se tornou uma coisa para quem não tem grandes projetos de vida.

A vida moderna e “independente” do homem moderno, tem se tornado ao mesmo tempo egoísta e cheias de ambições livres de compromisso. Muitos escolhem, e outro são levados a viver uma vida de futilidades, sensações e prazeres momentâneos à ter que fazer a escolha de viver ao lado de alguém simplesmente por amor e permanecer fiel a esse sentimento sem jamais trai-lo.

Modernidade essa que tem tornado homens cada vez menos humanos e cada vez mais egocêntricos, acreditam que ter uma vida descompromissada de relacionamentos é coisa para quem é “descolado” e por isso desprezam ou não valorizam as relações estáveis que com certeza ainda são vistas hoje em dia.

E não mencionei ainda nem a falta de um amor baseado simplesmente no desejo de amar que hoje em dia tem sido coisa rara. Vemos que muitos até assumem uma relação “estável” porém, é visto por muitos que tudo e qualquer motivo tem sido motivo para a união de algumas pessoas, menos a única coisa que faz com que essa união seja permanente, o amor. Até mesmo porque para muitos desses “descolados(as)” o amor já deixou de ser algo em que ele acredite e entregue sua vida e seus sonhos para construir juntos uma vida feliz.

Talvez seja a forma errada com que o mundo moderno esteja interpretando o sentido da palavra amor, talvez esteja interpretando mal por que não saiba interpretar de forma certa, ou talvez seja simplesmente uma falta de interesse por querer entender como merece ser entendida. Por que amar não é uma troca e sim um desejo de sentir, de fazer e de viver para aquele a que se ama.

Como Cristão acredito que a melhor definição para esse sentimento tão descrito em músicas, poesias, filmes, e toda a espécie de meios de divulgação, foi a definição dada pelo Apostolo Paulo em seus escritos aos Corintios no capítulo 13 do Novo Testamento. Lá vemos de forma clara e de fácil descrição daquilo que é e daquilo que propõe o verdadeiro amor, e fica nítido lendo tais escritos que a ultima coisa da qual o verdadeiro amor propõe é a auto satisfação.

Daí, quando leio notícias como essa me pergunto em quais motivos estavam verdadeiramente baseados o amor desses tantos relacionamentos que fazem agora parte de uma estatística tão triste.
 
 
E enquanto você reflete sobre isso, continuo crendo e pensando, pois isso é o que faz crescer...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Forró, apologia ao pecado.



Há tempos que tenho em mim o desejo de postar algo sobre esse assunto tão "atual" aqui pelos lados nordestinos desse Brasil, alguns chamam de manifestação cultural, outros chamam de tradição ou cultura regional, que seja, porém nesses dias contemporâneos tem sido ao meu ponto de vista mais uma APOLOGIA a depravação total da moralidade socio-familiar do que uma manifestação de cultura regional, e há pessoas que de uma forma ou de outra apoiam e ao mesmo tempo contribuem para essa imoralidade familiar, social e cultural que tem sido apresentada dia após dia.

Meu desejo de falar sobre esse assunto, o FORRÓ, não surgiu pura e simplesmente por uma aversão ao ritmo, muito pelo contrário, como sou filho de sanfoneiro, desde muito pequeno fui ouvinte (mesmo não gostando muito...rsrs) desse ritmo tipicamente nordestino, sempre via e ouvia meu pai falando ou tocando canções bem elaboradas, com melodias muito boas de serem ouvidas e letras que falavam de sentimentos verdadeiros e de situações verdadeiras vividas por muitos nordetinos, porém declaradas sempre de maneira poética. Como não lembrar de Luiz Gonzaga, rei do baião. Mas dai, estamos no século XXI, tais poesias vistas e cantadas em outras épocas (inclusive são essas tocadas por meu pai) agora já não são mais as usadas nas "músicas" (se é que pode ser chamada assim) de hoje em dia quando se fala de forró.

Se você não é nordestino, ou jamais veio ao nordeste ou jamais ouviu algum forró moderno, talvez você não compreenda muito esse post, porém se você é nordestino, e principalmente cearence..rs vai entender esse post muito bem, mesmo que não concorde.

Aqui em Fortaleza no Ceará, não é necessário nenhum esforço para ouvir um desses forrós chulés que tem por aqui, quase que de forma unânime, em todo lugar onde haja uma minima possibilidade de se ter acesso a um rádio, CD, TV, MP3, DVD e etc... logo você vai ouvir, e em muitos casos, é bem capaz de você depois de algum tempo até cantar certas asneiras que tocam, simplesmente pelo fato de serem extremamente tocadas em rádios e em sons de carros que andam pela rua.

Como falei antes, não tenho nada contra o ritmo, e sim no que tornaram ele. Pessoas que no minimo não tem respeito a si próprio, criam letras tiradas ao meu ver de mentes pervertidas e cheias de toda a espécie de mazelas e de descompromisso com a racionalidade humana, tais "gênios" enchem essas letras de palavras e de situações que mais parecem tiradas de uma pocilga, são referencias a comportamentos e situações que dizem ser "algo que acontece na vida real" mas que ao meu entender são um reflexo do que tais "culturas" adquiridas, levaram a essas pessoas perverterem suas próprias vidas.

Resumindo, uma imundície! Fazem apologia ao vício, fazem apologia a promiscuidade, fazem apologia ao consumo de bebidas alcóolicas, fazem apologia a traição conjugal, fazem apologia ao comportamento rebelde dos filhos, fazem apologia as práticas sexuais de forma desemfreada e sem o menor pudor, fazem apologia ao desconpromisso com o trabalho, com a honestidade, com a familia, enfim, exaltam e incentivam a todos a agirem da mesma forma banal irresponsável às de suas letras.

Todavia, assim como fico indignado com tanta babozeira tocada nos quatro cantos da minha cidade, e com tanta proliferação dessa mazela musical, fico triste por ver que principalmente a geração jovem e "evangélica" dessa cidade tem sido enganada por essa ILUSÃO que o diabo tem semeado para enganar e levar à uma vida de depravação muitos jovens, e mesmo carregando em seus bolsos carteirinhas de alguma denominação, com anos fazendo parte de uma igreja cristã e se auto denominando Cristãos, ao cair da noite se entregam a essa rede de promiscuidade e descompromisso com Deus que são esses eventos de apologia ao pecado.
 
Que a Igreja considerada evangélica desse estado, cumpra seu papel de ensinar de maneira sadia e santa, as doutrinas bíblicas pautadas unica e exclusivamente nas Sagradas Escrituras, sem jamais abrir mão dos ensinamentos, e deixe de lado esse desejo soberbo, essa atitude egoista, esse comportamento mesquinho, mercenário, e anti bíblico, de uma pregação cheia de "vitórias" mas que não preenche o vazio na alma de grande parte dos seus membros.

Não sou fanático fundamentalista religioso, apenas alguém que considera as coisas sadias, humanas, e principalmente divinas, as de maior importância e relevância para um viver digno.


E enquanto você reflete sobre isso, continuo crendo e pensando, pois isso é o que faz crescer...