terça-feira, 31 de maio de 2011

Por Quê Igrejas Presbiterianas pelo Mundo estão Aceitando Pastores Homossexuais?



Por Augustus Nicodemos Lopes

Estas resoluções foram tomadas depois de muitos anos de conflitos internos e discussões teológicas. E em ambas as igrejas, o voto passou com uma maioria apertada. Os pastores, presbíteros, diáconos e membros destas denominações que discordam da decisão, e que por muito tempo lutaram para que ela não fosse aprovada, enfrentam agora o dilema de saber qual é a coisa correta a fazer. Com certeza, muitos sairão para outras denominações ou para formar novas igrejas; outros, ainda, permanecerão na esperança de que um dia as coisas mudem.

A pergunta que não quer calar é como igrejas de origem reformada, que um dia aceitaram as confissões de fé históricas e adotaram os lemas da Reforma, especialmente o Sola Scriptura, chegaram a este ponto? Em minha opinião, o que está acontecendo hoje é o resultado lógico e final da conjunção de três fatores: a teologia liberal que foi aceita por estas igrejas, a conseqüente rejeição da autoridade infalível da Bíblia e a adoção dos rumos da sociedade moderna como norma.

O processo pelo qual estas denominações passaram, uma na Europa e outra nos Estados Unidos, é similar. As etapas vencidas são as mesmas. Primeiro, em algum momento de sua história, em meados dos séculos XIX, o método crítico de interpretação da Bíblia passou a ser o método dominante nos seminários e universidades teológicas destas denominações. Boa parte dos pastores formados nestas instituições saíram delas convencidos que a Bíblia contém erros de toda sorte e que reflete, em tudo, o vezo cultural de sua época. Para eles, os relatos bíblicos dos milagres são um reflexo da fé dos judeus e dos primeiros cristãos expresso em linguagem mitológica e lendária (veja aqui um post sobre liberalismo teológico).

Segundo, uma vez que a Bíblia não poderia ser mais considerada como o referencial absoluto em matérias de fé e prática, devido ao seu condicionamento às culturas orientais antigas e patriarcais, estas denominações aos poucos foram adotando as mudanças culturais e a direção da sociedade moderna como referência para suas práticas.

Terceiro, com a erosão da autoridade bíblica e o estabelecimento da cultura moderna como referencial, não tardou para que estas igrejas rejeitassem o ensinamento bíblico de que somente homens cristãos qualificados deveriam exercer a liderança nas igrejas e passaram a ordenar mulheres como pastoras e presbíteras. As passagens bíblicas que impõem restrições ao exercício da autoridade por parte da mulher nas igrejas foram consideradas como sendo a visão patriarcal dos autores bíblicos, e que não cabia mais na sociedade moderna (veja aqui uma matéria deste blog sobre ordenação feminina).

O passo seguinte foi usar o mesmo argumento quanto ao homossexualismo: as passagens bíblicas que tratam as relações homossexuais como desvio do padrão de Deus e, portanto, pecado, foram igualmente rejeitadas como sendo fruto do pensamento retrógrado, machista e preconceituoso dos autores da Bíblia, seguindo a tendência das culturas em que viviam. A igreja cristã moderna, de acordo com este pensamento, vive num novo tempo, onde o homossexualismo é comum e aceito pelas sociedades, inclusive com a aprovação do Estado para a união homossexual e benefícios decorrentes dela.

E o resultado não poderia ser outro. O único obstáculo para que uma igreja que se diz cristã aceite o homossexualismo como uma prática normal é o conceito de que a Bíblia é a Palavra de Deus, inerrante e infalível única regra de fé e prática para o povo de Deus. Uma vez que esta barreira foi derrubada - e a marreta usada para isto sempre é o método crítico e o liberalismo teológico - não há realmente mais limites que sejam defensáveis. Pois mesmo os argumentos não teológicos, como a não procriação em uniões homossexuais e a anormalidade anatômica e fisiológica da sodomia, acabam se mostrando ineficazes diante do relativismo da cultura moderna. E as igrejas que abandonaram a autoridade infalível da Palavra de Deus acabam capitulando aos argumentos culturais.

Nem todos os que adotam o método crítico são favoráveis ao homossexualismo. E nem todos liberais são a favor da homossexualidade. Mas espero que as decisões destas duas igrejas, que têm em comum a adoção deste método e a aceitação do liberalismo teológico, sirvam como reflexão para os que se sentem encantados com o apelo ao academicismo e intelectualismo da hermenêutica e da teologia liberais.
 
 

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Legalismo, um caldo mortífero



Malcon Smith definiu legalismo como um caldo mortífero. Quem dele se nutre adoece e morre. O legalismo é uma ameaça à igreja, pois dá mais valor à forma do que a essência, mais importância à tradição do que a verdade, valoriza mais os ritos religiosos do que o amor. O legalismo veste-se com uma capa de ortodoxia, mas em última análise, não é a verdade de Deus que defende, mas seu tradicionalismo conveniente. O legalista é aquele que rotula como infiéis e hereges todos aqueles que discordam da sua posição. O legalista é impiedoso. Ele julga maldosamente com seu coração e fere implacavelmente com sua língua e espalha contenda entre os irmãos.

As maiores batalhas, que Jesus travou foram com os fariseus legalistas. Eles acusavam Jesus de quebrar a lei e insurgir-se contra Moisés. Vigiaram os passos do Mestre, censuravam-no em seus corações e desandaram a boca para assacar contra o Filho de Deus as mais pesadas e levianas acusações. Acusaram-no de amigo dos pecadores, glutão, beberrão e até mesmo de endemoniado. Na mente doentia deles, Jesus quebrava a lei ao curar num dia de sábado, mas não se viam como transgressores da lei quando tramavam a morte de Jesus com requinte de crueldade nesse mesmo dia.

O legalismo não morreu. Ele ainda está vivo e presente na igreja. Ainda é uma ameaça à saúde espiritual do povo de Deus. Há muitas igrejas enfraquecidas e sem entusiasmo sob o jugo pesado do legalismo. Há muitos cultos sem vida e sem qualquer manifestação de alegria, enquanto a Escritura diz que na presença de Deus há plenitude de alegria e delícias perpetuamente. J. I. Packer em seu livro Na Dinâmica do Espírito diz que não há nada mais solene do que um funeral. Há cultos que são solenes, mas não há neles nenhum sinal de vida. Precisamos nos acautelar contra o legalismo e isso, por três razões:

1. Porque dá mais valor à aparência do que ao coração. Os fariseus gostavam de tocar trombeta sobre sua santidade. Eles aplaudiam a si mesmos como os campeõess da ortodoxia. Eles eram os separados, os espirituais, os guardiões da fé. Mas por trás da máscara de santidade escondiam um coração cheio de ódio e impureza. Eram sepulcros caiados, hipócritas, filhos do engano.

2. Porque dá mais valor aos ritos do que às pessoas. Os legalistas são impiedosos com as pessoas. Censuram, rotulam, acusam e condenam implacavelmente. Não são terapeutas da alma, mas flageladores da consciência. Colocam fardos e mais fardos sobre as pessoas. Atravessam mares para fazer um discípulo, apenas para torná-lo ainda mais escravo do seu tradicionalismo. Os legalistas trouxeram uma mulher apanhada em flagrante adultério e lançaram-na aos pés de Jesus. Não estavam interessados na vida espiritual da mulher nem nos ensinos de Jesus. Queriam apenas servir-se da situação para incriminar Jesus. Os legalistas ainda hoje não se importam com as pessoas, apenas com suas idéias cheias de preconceito.

3. Porque dá mais valor ao tradicionalismo do que à verdade. Precisamos fazer uma distinção entre tradição e tradicionalismo. A tradição é a fé viva daqueles que já morreram enquanto o tradicionalismo é a fé morta daqueles que ainda estão vivos. A tradição, fundamentada na verdade, passa de geração em geração e precisa ser preservada. Mas, o tradicionalismo, filho bastardo do legalismo, conspira contra a verdade e perturba a igreja. Que Deus nos livre do legalismo. Foi para a liberdade que Cristo nos libertou! Aleluia!
Por Hernandes Dias Lopes

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Série Evangélicos no Jornal Nacional



Vendo o primeiro video dessa série sobre os evangélicos, exibida no Jornal Nacional em maio de 2009 decidi posta-las no blog para que pessoas assim como eu, que ainda não tiveram a possibilidade ou o não conhecimento sobre a série possam vê-la e tirarem suas próprias conclusões. Visto que uma série de reportagem como essas não é coisa que se vê toda semana em uma emissora como a Rede Globo. Apesar de não ser telespectador de carteirinha da TV Plin-Plin por sua forma de conduzir suas idéias, considero que essa reportagem tenha sido muito proveitosa em sua forma de apresentação dos evangélicos no Brasil.
Se você já viu, reveja! Se como eu não tinha vista ainda, veja!














É evidente que todos somos conscientes de que mesmo em meio a esse turbilhão de atrocidades praticadas por certas "seitas cristãs" neopentecostais que se nomeiam evangélicas, ainda existem muitos que não se rendem a Baal e procuram viver o verdadeiro Evangelho vivido e ensinado por Jesus, onde o maior objetivo é a manifestação do Reino como propósito máximo.
Me chamou a atenção o fato de que as ditas "Igrejas Neopentecostais" não terem sido mencionadas, já que infelizmente devido a sua doutrina mesquinha da "prosperidade" são as que mais crescem em quantidade nesse pais. Isso evidencia que alëm de serem uma mazela para o cristianismo, essa doutrina é evidentemente egoista e busca apenas interesses de seus interesseiros.


E enquanto você reflete sobre isso, continuo crendo e pensando, pois isso é o que faz crescer...

Evangélicos brasileiros, sinônimo de burrice?



Uma matéria publicada na FOLHA.COM sob o titulo de "Ascensão social reduz evangélicos, diz líder da CNBB" mostra o mais novo presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) falando sobre um "suposto" declinio no numero de evangélicos no Brasil e um possivel crescimento no número de católicos no mesmo periodo. Segundo o Presidente da CNBB a fator principal que tem feito com que esse declinio evangélico venha acontecendo é o fator de que as pessoas estão conseguindo um certo crescimento social por conta de uma melhoria tanto economica quanto cultural, para D. Raymundo Damasceno Assis por conta dessa ascenção social "Elas começam a ler mais, a estudar mais, e por isso são mais críticas em relação a muitas posturas hoje na sociedade" em outras palavras, ser evagélico para o lider católico é "burrice".


É evidente dois pontos que são destacados nessa matéria, primeiro: a igreja católica por varios anos seguidos vem perdendo seus membros para a igreja evangélica dessa nação, devido sua ortodoxia que não é mais tão bem vista e aceita na atualidade como antes, principalmente por jovens. Segundo: é certo que a igreja evangélica vem sofrendo uma baixa muito grande de seus membros nos dias atuais, principalmente por conta de uma mensagem totalmente voltada para o materialismo e deixando de lado a verdadeira mensagem do Evangelho, todavia essa baixa nada mais é que a consequencia de uma igreja cheia de pessoas vazias, e continuam cada dia mais vazias por conta de uma pregação que em nada se assemelha com Cristo.


Somente aqueles que tiram proveito dessa vergonhosa mensagem que tem sido pregada por igrejas evangélicas nesse país e em especial as neopentecostias, é que jamais admitiriam que a igreja evangélica brasileira vive uma crise que poucos já viram, evidente que nessas circunstâncias e com os devidos interesses mesquinhos de alguns lideres evangelicos, "tudo vai de vento em poupa", mas que não é bem isso que temos visto, por isso, devido a todas as atrocidades e obras misticas que tanto crescem nessas "demonizações" neopentecostais, é que tem mostrado que o mesmo povo que está na busca da "prosperidade" e "vitórias" por elas oferecidas, não tem recebido nenhuma instrução verdadeiramente biblica e com o interesse unico e exclusivo de rendição e necessidade de salvação, ou seja, desconhecedores e "ignorantes", são assim esses membros visto pelos olhos dos observadores.
 
 
Caro visitante, a manifestação de anti-evangelho que vemos todos os dias nos meios de comunicação praticada por pessoas que se nomeiam "autoridades divinas", é a maior demonstração de que a falta de informação e de conhecimento é o que tem levado milhares a lotarem esses "mercadões da fé" que tem todo tipo de mercadoria a ser oferecida e todo tipo de cliente, e esse declinio, prova que um pouco de conhecimento além dos muros desse mercado, leva ao individou a rever seus conceitos de cristianismo verdadeiro, e de cristianismo falso.



Siga e viva a orientação do Espírito de Deus sem jamais se deixar subjulgar por qualquer ser humano que venha exigir sacrificios de tolos que só beneficiam a eles e que de nada contribui para a crescimento espiritual daqueles que os pratica, visto que o único e necessário sacrificio foi cumprido de uma vez por todas na cruz do calvário por aqueles que nos salvou da condenação eterna. Jesus Cristo!
 

Por fim faço minha as palavras de Danilo Fernandes do Blog Genizah que postou também a notícia e diz: "Eu não concordo quanto a ser católico, mas em se tratando destas seitas neopentecostais, a correlação é perfeita."
 
 
E enquanto você reflete sobre isso, eu continuo crendo e pensando pois isso é o que faz crescer...

sábado, 14 de maio de 2011

PLC 122 e o Estado



Um assunto que pelo visto ainda vai dar muito o que falar e discutir é PLC122 que fala sobre a criminalização da homofobia (comportamento de aversão de forma agressiva aos homossexuais) que vem sendo tratato por parte de alguns que tentam validar essa lei, e por outros que tentam do outro lado derrubá-la.


Em todas as midias esse certamente tem sido uns dos assuntos mais falados, e pelo que tenho percebido, principalmente pelos que são contra a aprovação dessa lei, católicos e evangélicos de maneira mutua vem manifestando suas opiniões contrárias e de repúdio a aprovação dessa MP que segundo seus idealizadores irá acabar com a discriminação e com a violência contra os homossexuais.


Sou da opnião de que independente de ser ou não ser homossexual, ninguém tem o direito de bater ou sofrer agressões de qualquer natureza ou pseudo motivo para tais atos reprováveis em todos os sentidos, todavia é evidente que a classe dos homossexuais LGBT vem através dessa MP tentar serem vistos e tratados como a classe a parte de todo o resto da sociedade, visto que suas práticas sendo motivadas por suas "orientações" sexuais, claramente vem de encontro a natureza do ser humano como nasceu e que com isso muitos se sentem precionados a aceitar tais comportamentos, e com isso geram esse sentimento de rejeição.


Todavia, o estado que há meu entender está muito mais interessado (e dificilmente seria diferente) em defender os interesses do estado, me parece que mesmo sendo momentaneamente barrada a aprovação dessa PLC122 provavelmente será aprovada e sancionada pelos dirigentes dessa nação, já que a união civil entre homossexuais assim o foi. Já que o estado trabalha para defender seus interesses e visto que esses interesses são mais aguçados quando envolve a possibilidade de ganhar notóriedade e reconhecimento popular, pelo menos de boa parte dela, como nesse caso, vejo essa uma oportunidade dos legisladores e autoridades de darem aos interessados aquilo que eles querem, pouco se importando com principios e pensamentos relacionados a divindade.


Caro leitor, sou de opinião contrária a essa criminalização aos que não aceitam ou não concordam com a homossexualidade, e ao que tenho percebido muitos irão usar de tal MP PLC122 uma porta para diversas outras práticas reprováveis não só as Escrituras Sagradas mas também aos principios de moral que é necessário para vermos e termos um país que preza pela ordem e descencia. Respeitar sim, aceitar jamais! Fiquemos atentos para que não venhamos a ser manipulados por qualquer tipo de meio de comunicação sobre esse assunto, já que grandes redes de TV demonstram descaradamente sua aprovação e até imposição há uma aceitação de forma irrevogável de tais comportamentos como se os mesmos fossem naturais do ser humano. Mesmo que o estado seda a pressão de alguns, como verdadeiros critãos, jamais devemos aceitar a mentira e rejeitar a verdade. Cristo!


E enquanto você reflete sobre isso, continuo crendo e pensando, pois isso é o que faz crescer...

Todos os Pecados dos Santos



"Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Romanos 8:28)


Todas as aflições, tentações, deserções, opressões, oposições e todas as perseguições que acontecem a um homem santo, trabalham para o seu bem.


Cada cruz, derrota e enfermidade que acontece ao santo, trabalham para o seu bem.


Cada artificio, armadilha, engano, abismo, estratagema e investida de satanás contra o santo, trabalham para o seu bem.


Tudo coopera para torná-lo... mais humilde, santo, celestial, espiritual, fiel, frutifero e mais atento.


Cada prosperidade e adversidade; cada tempestade e calmaria; cada amargo e doce; cada cruz e consolo, trabalham para o bem do santo.


Quando Deus usa de misericórdia, isto trabalha para o seu bem. Quando Deus retira sua misericórdia, isto trabalha para o seu bem.


Certamente, apesar de todas as quedas e de todos os pecados dos santos, tais coisas trabalham para o seu bem. Ah... o cuidadoo, o temor, a vigilância, a ternura, o zelo, que Deus levanta nas almas dos seus santos em suas muitas quedas! Ah! O ódio, a indignação, a aversão, que Deus levanta nos corações dos seus filhos contra o pecado, em suas muitas quedas!


Ah, que o amor a Cristo, que agradecimento por Cristo, que admiração a Cristo, que tanta aproximação a Cristo, que tanta exaltação a Cristo, que tanto arrebatamento da graça de Cristo, são os santos levados, por suas mesmas quedas!


É a glória da santidade de Deus, que Ele pode transformar as enfermidades em remédios santos! Ele pode transformar os venenos da alma em gentileza celestiais! Ele pode prevenir o pecado pelo pecado, e sanar as quedas pelas quedas!


Ah, Cristão! Ainda que os amigos e as relações e desaprovem, ainda que os inimigos tramem e conspirem contra você, ainda que as necessidades, como homens armados, rompam com você, ainda que os homens urrem de raiva, e os demônios rujam contra você, ainda que a enfermidade devasta a sua família, ainda que a morte se aproxime a cada dia, contudo não há razão para que você tema nem desanime, porque todas essas coisas trabalham para o seu bem! Certamente, há uma coisa maravilhosa de alegria e de regozijo em todas as aflições e tribulações que vierem contra você, consideranto que todas trabalham para o seu bem.


Ó cristão! Tenho medo, eu tenho medo que vocês não corram muitas vezes como devem ao seio desta promessa, nem extraiam essa benignidade e consolo dela. Abrigem essa promessa, e atentem para as suas múltiplas aplicações: Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito (Romanos 8:38). Passem mais tempo com este versículo, porque a condição do povo de Deus convoca as mais fortes afetuosidades, os consolos mais doces e mais seletos.





Thomas Brooks

Fonte: Monergismo

terça-feira, 3 de maio de 2011

Obstáculos para vir a Cristo



“Ninguém pode vir a mim” (João 6:44).
 
O homem natural é incapaz de "vir a Cristo". Citemos João 6:44, " Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o trouxer." A razão pela qual "duro é esse discurso", até mesmo para milhares que professam ser cristãos, é que eles fracassam completamente em compreender o terrível estrago que a queda provocou; e, o que é pior, eles mesmos não se dão contam da "chaga" que existe nos seus próprios corações (1 Rs. 8:38). Certamente se o Espírito já os tivesse despertado do sono da morte espiritual, e lhes dado ver alguma coisa do pavoroso estado em que estão por natureza, e feito sentir que suas "mentes carnais" são “inimizade contra Deus” (Rm. 8:7), então eles não mais discordariam dessa solene palavra de Cristo. Mas aquele que está espiritualmente morto não pode ver nem sentir espiritualmente.

Onde reside a total incapacidade do homem natural? Ela não está na falta das faculdades necessárias. Isso tem de ser bastante enfatizado, do contrário o homem caído deixaria de ser uma criatura responsável. Mesmo que os efeitos da queda tenham sido terríveis, eles não privaram o homem de nenhuma das faculdades que Deus originalmente lhe concedeu. É verdade que o pecado tirou do homem a capacidade de utilizar essas faculdades corretamente, ou seja, empregá-las para a glória do Criador. Entretanto, o homem caído possui ainda a mesma natureza, corpo, alma e espírito, que tinha antes da Queda. Nenhuma parte do ser do homem foi aniquilada, ainda que cada uma tenha sido contaminada e corrompida pelo pecado. De fato, o homem morreu espiritualmente, mas a morte não é a extinção do ser (aniquilação) — morte espiritual é a alienação de Deus (Ef. 4:18). Aquele que é espiritualmente morto está bem vivo e ativo no serviço de Satanás.

A incapacidade do homem caído (não regenerado) de vir a Cristo não reside em nenhum defeito físico ou mental. Ele tem o mesmo pé para levá-lo tanto a um local onde o Evangelho é pregado, como para caminhar até um bar. Ele possui os mesmos olhos que podem lhe servir para ler tanto as Escrituras Sagradas como os jornais. Ele tem os mesmos lábios e voz para clamar a Deus os quais usa agora em conversas fiadas e em canções ridículas. Assim, também, possui as mesmas faculdades mentais para ponderar sobre as coisas de Deus e sobre a eternidade, as quais ele utiliza tão diligentemente nos seus negócios. É por causa disso que o homem é "indesculpável". É o mau uso das faculdades que o Criador lhe concedeu que aumenta a sua culpa. Que cada servo de Deus veja que essas coisas pesam constantemente sobre os seus ouvintes não convertidos.


1) A incapacidade do homem está na sua natureza corrompida.

Nós temos de ir bem mais a fundo se quisermos encontrar a fonte da incapacidade do homem. Devido à queda de Adão, e por causa do nosso próprio pecado, a nossa natureza se tornou tão corrompida e depravada que é impossível para qualquer homem "vir a Cristo", amá-lO e serví-lO, estimá-lO mais que tudo neste mundo e submeter-se a Ele, até que o Espírito de Deus o regenere e implante nele uma nova natureza. A fonte amarga não pode jorrar água doce, nem a árvore má produzir bons frutos. Deixe-me tentar explicar isso melhor através de uma ilustração. É da natureza de um abutre alimentar-se de carniça; no entanto, ele tem os mesmos órgãos e membros que lhe permitiriam comer grãos, como fazem as galinhas, mas ele não possui nem a disposição nem o apetite para tal alimento. É da natureza da porca o chafurdar na lama; e apesar dela possuir pernas como a ovelha para levá-la à campina, lhe falta entretanto o desejo por pastos verdejantes. Assim acontece com o homem não-regenerado. Ele tem as mesmas faculdades físicas e mentais que o homem regenerado possui para empregar no serviço e nas coisas de Deus, mas não tem amor por elas.

"Adão... gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem" (Gn. 5:3). Que terrível contraste há aqui com o que lemos dois versículos antes: "... Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez". No intervalo entre esses dois versos, o homem caiu, e um pai caído pode gerar somente um filho caído, transmitindo-lhe a sua própria depravação. "Quem da imundícia poderá tirar coisa pura? (Jó 14:4). Por isso nós encontramos o salmista de Israel declarando, "Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe" (Sl. 51:5). No entanto, apesar de por natureza Davi ser um monte de iniquidade e pecado (como também somos nós), mas tarde a graça fez dele o homem segundo o coração de Deus. Desde que idade essa corrupção da natureza aparece nas crianças? "Até a criança se dá a conhecer pelas suas obras" (Pv. 20:11). A corrupção do seu coração logo se manifesta: orgulho, vontade própria, vaidade, mentira, aversão ao que é bom, são frutos amargos que cedo brotam no novo, mas corrupto, ramo.


2) A incapacidade do homem está na completa escuridão em que se encontra o seu intelecto. 
 
Essa importante faculdade da alma foi destituída da sua glória original, e coberta de confusão. Tanto a mente como a consciência estão corrompidas: "Não há quem entenda"(Rm. 3:11). O apóstolo solenemente lembra os santos, "Pois outrora éreis trevas" (Ef. 5:8), não somente estavam "em trevas", mas eram as própria "trevas". O pecado fechou as janelas da alma e a escuridão se estende por todo o lugar: ela é a região das trevas e da sombra da morte, onde a luz é como a escuridão. Lá reina o príncipe das trevas, onde não se pratica nada além das obras das trevas. Nós nascemos espiritualmente cegos, e não podemos ter essa visão restaurada sem um milagre da graça. Esse é o seu caso quem quer que você seja, se ainda não nasceu de novo" (Thomas Boston, 1680). "São filhos sábios para o mal, e não sabem fazer o bem" (Jr. 4:22).

"O pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar"(Rm. 8:7). Existe no homem não regenerado uma oposição e aversão pelas coisas espirituais. Deus revelou a Sua vontade aos pecadores no tocante ao caminho da salvação, contudo eles não trilharão esse caminho. Eles sabem que somente Cristo é capaz de salvá-los, no entanto eles recusam se separar das coisas que obstruem o seu caminho até a Ele. Eles ouvem que é o pecado que mata a alma, no entanto o afagam em seu peito. Eles não dão ouvidos às ameaças de Deus. Os homens acreditam que o fogo há de consumir-lhes, e estão em grande tormento para evitá-lo; contudo, mostram com suas ações que consideram as chamas eternas como se fossem um mero espantalho. O mandamento divino é "santo, justo e bom", mas o homem o odeia, e só o observa enquanto a sua respeitabilidade é promovida entre os homens.


3) A incapacidade do homem está na corrupção dos seus sentimentos.

“O homem, no estado em que se encontra, antes de receber a graça de Deus, ama tudo e qualquer coisa que não seja espiritual. Se você quiser uma prova disso, olhe ao seu redor. Não há necessidade de nenhum monumento à depravação dos sentimentos humanos. Olhe por toda parte. Não há uma rua, uma casa, e não somente isso, nenhum coração, que não possua uma triste evidência dessa terrível verdade. Por que no Dia do Senhor o homem não é encontrado congregando-se na casa de Deus? Por que não nos achamos mais freqüentemente lendo nossas Bíblias? O que acontece para a oração ser um dever quase que totalmente negligenciado? Por que Jesus Cristo é tão pouco amado? Por que até mesmo os seus seguidores professos são tão frios em seus sentimentos para com Ele? De onde procedem essas coisas? Seguramente, caros irmãos, nós não podemos creditá-las a outra fonte que não a corrupção e a perversão dos sentimentos. Nós amamos o que deveríamos odiar, e odiamos o que deveríamos amar. Não é outra coisa senão a natureza humana caída que nos faz amar esta vida mais do que a vida por vir. É um efeito da Queda o fato do homem amar o pecado mais que a justiça, e os caminhos do mundo mais que os caminhos de Deus”. (Sermão de C.H. Spurgeon em Jo. 6:44).

Os sentimentos do homem não regenerado são totalmente depravados e desordenados. "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto" (Jr. 17:9). O Senhor Jesus afirmou solenemente que os sentimentos do homem caído (não regenerado) são a fonte de toda abominação: "Porque de dentro do coração do homem, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios, a avareza, a malícia, o dolo, a lascívia, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura" (Mc. 7:21,22). Os sentimentos do homem natural estão miseravelmente deformados, ele é um monstro espiritual. O seu coração se encontra onde deveriam estar os seus pés, seguro ao chão; seus calcanhares estão levantados contra os Céus, para onde deveria estar posto o seu coração (At. 9:5). Sua face está voltada para o inferno; por isso Deus o chama para converter-se. Ele se alegra com o que deveria entristecê-lo, e se entristece com o que deveria alegrá-lo; se gloria com a vergonha, e se envergonha da sua glória; abomina o que deveria desejar, e deseja o que deveria abominar (Pv. 2:13-15) (extraído do Boston’s Fourfold State).


4) Sua incapacidade está na total perversão da sua vontade.

"O homem pode ser salvo se ele quiser", diz o arminiano. Nós lhe respondemos, "Meu caro senhor, nós todos cremos nisso; mas essa é que é a dificuldade — se ele quiser." Nós afirmamos que nenhum homem deseja vir a Cristo por sua própria vontade; não, não somos nós que o dizemos, mas Cristo mesmo declara: "Contudo não quereis vir a mim para terdes vida" (Jo. 5:40); e enquanto esse "não quereis vir" estiver registrado nas Escrituras nós não podemos ser levados a crer em nenhuma doutrina do livre arbítrio. "É estranho como as pessoas, quando falam sobre livre arbítrio, falam de coisas das quais nada compreendem. Um diz "Ora, eu creio que o homem pode ser salvo se ele quiser". Mas essa não é toda a questão. O problema é: é o homem naturalmente disposto a se submeter aos termos do Evangelho de Cristo? Afirmamos, com autoridade bíblica, que a vontade humana é tão desesperadamente dada ao engano, tão depravada, e tão inclinada para tudo que é mau, e tão avessa a tudo aquilo que é bom, que sem a poderosa, sobrenatural e irresistível influência do Espírito Santo, nenhum homem nunca será constrangido a buscar a Cristo." (C.H. Spurgeon).

"Há uma corda de três pontas contra o céu e a santidade, que não é fácil de ser rompida; um homem cego, uma vontade pervertida, e um sentimento desordenado. A mente, inchada pela vaidade, diz que o homem não deve se humilhar; a vontade, inimiga da vontade de Deus, diz: ele não quer; as emoções corrompidas levantando-se contra o Senhor, em defesa da vontade corrompida diz: ele não irá. Assim a pobre criatura permanece irredutível contra Deus, até o dia do Seu poder, quando é feito nova criatura" (Thomas Boston).

Pode ser que alguns leitores sejam inclinados a dizer: "ensinamentos como estes desencorajam pecadores e os levam ao desespero". Nossa resposta é: Primeiro, eles estão de acordo com a Palavra de Deus! Segundo, esperamos que Ele se agrade em usar essas verdades para levar alguns a desesperarem-se de qualquer ajuda que possam encontrar neles mesmos. Terceiro, esse ensino manifesta a absoluta necessidade da obra do Espírito Santo nessas criaturas depravadas e espiritualmente impotentes, se algum dia vierem salvificamente a Cristo. Então, até que isso seja claramente entendido, o Seu auxílio nunca será realmente buscado.
 
 
Por: Arthur W. Pink
Fonte: Monergismo

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Homofobia: Um esclarecimento necessário


 
A palavra homofobia está na moda. No mundo inteiro discute-se a questão do homossexualismo. Em alguns países já se aprovou a lei do casamento gay. Aqui no Brasil, tramita no congresso um projeto de lei (PL 122/2006), que visa a criminalização daqueles que se posicionarem contra a prática homossexual. O assunto que estava adormecido, em virtude de firme posição evangélica contra o referido projeto de lei, mormente na efervescência da campanha política de 2010, ganhou novo fôlego com a nova proposta da senadora Marta Suplicy (PT-SP), que pleiteia a reclusão de cinco anos, em regime fechado, para quem se posicionar publicamente contra o homossexualismo. Diante desse fato, quero propor algumas reflexões:

Em primeiro lugar, esse projeto de lei fere o mais sagrado dos direitos, que é a liberdade de consciência. Que os homossexuais têm direito garantido por lei de adotarem para si o estilo de vida que quiserem e fazer suas escolhas sexuais, ninguém questiona. O que não é cabível é nos obrigar, por força de lei, concordar com essa prática. Se os homossexuais têm liberdade de fazer suas escolhas, os heterossexuais têm o sagrado direito de pensar diferente, de serem diferentes e de expressarem livremente o seu posicionamento.

Em segundo lugar, esse projeto de lei cria uma classe privilegiada distinta das demais. O respeito ao foro íntimo e à liberdade de consciência é a base de uma sociedade justa enquanto a liberdade de expressão é a base da democracia. Não podemos amordaçar um povo sem produzir um regime totalitário, truculento e opressor. Não podemos impor um comportamento goela abaixo de uma nação nem ameaçar com os rigores da lei aqueles que pensam diferente. Nesse país se fala mal dos políticos, dos empresários, dos trabalhadores, dos religiosos, dos homens e das mulheres e só se criminaliza aqueles que discordam da prática homossexual? Onde está a igualdade de direitos? Onde está o sagrado direito da liberdade de consciência? Onde o preceito da justiça?

Em terceiro lugar, esse projeto de lei degrada os valores morais que devem reger a sociedade. O que estamos assistindo é uma inversão de valores. A questão vigente não é a tolerância ao homossexualismo, mas uma promoção dessa prática. Querem nos convencer de que a prática homossexual deve ser ensinada e adotada como uma opção sexual legítima e moralmente aceitável. Os meios de comunicação, influenciados pelos formadores de opinião dessa vertente, induzem as crianças e adolescentes a se renderem a esse estilo de vida, que diga de passagem, está na contramão dos castiços valores morais, que sempre regeram a família e a sociedade. O homossexualismo não é apenas uma prática condenada pelos preceitos de Deus, mas, também, é o fundo do poço da degradação moral de um povo (Rm 1.18-32).

Em quarto lugar, esse projeto de lei avilta os valores morais que devem reger a família. Deus criou o homem e a mulher (Gn 1.27). Ninguém nasce homossexual. Essa é uma prática aprendida que decorre de uma educação distorcida, de um abuso sofrido ou de uma escolha errada. Assim como ninguém nasce adúltero, de igual forma, ninguém nasce homossexual. Essa é uma escolha deliberada, que se transforma num hábito arraigado e num vício avassalador. Deus instituiu o casamento como uma união legal, legítima e santa entre um homem e uma mulher (Gn 2.24). A relação homossexual é vista na Palavra de Deus como abominação para o Senhor (Lv 18.22). A união homossexual é vista como um erro, uma torpeza, uma paixão infame, algo contrário à natureza (Rm 1.24-28). A Palavra de Deus diz que os homossexuais não herdarão o reino de Deus, a não ser que se arrependam dessa prática (1Co 6.9,10). Porém, aqueles que se convertem a Cristo e são santificados pelo Espírito Santo recebem uma nova mente, uma nova vida e o completo perdão divino (1Co 6.11).
 
Por: Rev. Hernandes Dias Lopes
 
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