quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Riscar o Nome do Livro da Vida?



Apocalipse 3:5 O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.

Cristo promete a todo cristão verdadeiro que Ele de maneira nenhuma riscará o seu nome do livro da vida, mas confessará o seu nome diante do Pai e diante dos seus anjos. Incrivelmente, embora o texto diga exatamente o oposto, algumas pessoas assumem que esse versículo ensina que o nome de um cristão pode ser riscado do livro da vida. Assim, eles tolamente transformam uma promessa numa ameaça.

Êxodo 32:33, alguns argumentam, apóia a idéia que Deus pode remover o nome de alguém do Livro da Vida. Nessa passagem, o Senhor diz a Moisés que “aquele que pecar contra mim, a este riscarei do meu livro”. Não há contradição, contudo, entre essa passagem e a promessa de Cristo em Apocalipse 3:5. O livro mencionado em Êxodo 32:33 não é o Livro da Vida descrito em Filipenses 4:3, e mais tarde em Apocalipse (13:8; 17:8; 20:12, 15; 21:27). Pelo contrário, refere-se ao livro dos vivos, o registro daqueles que estão vivos (cf. Sl. 69:282). A ameaça, então, não é a condenação eterna, mas a morte física.

Nos dias de João, os governantes mantinham um registro dos cidadãos da cidade. Se alguém morresse, ou cometesse um crime sério, seu nome era riscado desse registro. Cristo, o Rei do céu, promete jamais riscar o nome de um cristão verdadeiro do rol daqueles cujos nomes foram “escritos, desde a fundação do mundo, no livro da vida do Cordeiro que foi morto” (Ap. 13:8, versão do autor).

Pelo contrário, Cristo confessará o nome de todo crente diante de Deus o Pai e diante dos seus anjos. Ele afirmará que eles lhe pertencem. Aqui Cristo reafirma a promessa que fez durante seu ministério terreno: “Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mt. 10:32). A verdade confortadora que a salvação do cristão verdadeiro está eternamente segura é o ensino inequívoco da Escritura. Em nenhum lugar essa verdade é mais fortemente declarada que em Romanos 8:28-39: 

"E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou. Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor."

FONTE:
John MacArthur, Jr.
www.monergismo.net.br

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Por que Deus decretou o mal?


É algo apropriado e excelente que a infinita glória de Deus resplandeça; e pela mesma razão, é apropriado que o brilho da glória de Deus seja completo; isto é, que todas as partes de sua glória devam resplandecer, que cada beleza deva ser proporcionalmente fulgurante, a fim de que aquele que olha tenha uma noção adequada de Deus. Não é apropriado que uma glória deva ser excessivamente manifesta , e outra não ...






Jonathan Edwards

domingo, 10 de outubro de 2010

Verdadeiro Evangelho Missionário


 Nesses dias estive na igreja da minha namorada e tive a oportunidade de assistir pela primeira vez a uma apresentação de um grupo teatral chamando "Jeová Nissi". Já havia ouvido falar por muitos de meus amigos e amigas sobre o tal grupo, e que suas interpretações eram bem elaboradas e as apresentações sempre bem feitas realizavam de uma maneira bem positiva e evangelista a missão de alcançar a muitos através da arte.

A Peça que assisti chamava-se "TORTURA", conta a história de um casal de missionários que se conhecem no seminário e depois de casarem, seguem seu chamado para fazer obra de missões e partem para a China. Lá encontram grande dificuldade de pregar o evangelho e dai passam por várias situações difíceis.

Verdadeiramente a peça atinge o seu propósito, levar àqueles que a assistem um reconhecimento de que não é nada fácil a vida daqueles que deixam tudo o que tinham de importante em seu país e saí por ai a fazer o mandado do Senhor. Porém uma das coisas que mais me chamou a atenção e por isso gostaria de compartilhar isso com vocês foram alguns vídeos que acompanhava a apresentação do grupo.

Videos que mostravam a perseguição, as dores, as necessidades em geral e várias outras coisas que os cristãos sofrem no caminho missionário. Cristãos apanhando e sendo queimados vivos somente pelo motivo de estarem pregando o Evangelho. São cenas fortes, porém necessárias para uma conscientização, desenvolvimento e demonstração em parte, de tudo aquilo que passam aqueles que dizem não para sua vontade e Sim para a vontade de Deus.

Porém, partindo disso, o ponto onde eu gostaria muito de tocar era sobre dois Evangelhos que existem atualmente. O primeiro: "o Evangelho que leva a pessoa a apanhar e ser queimada viva somente por ser cristão" e não negar sua fé ou se queixar que Deus é injusto por ter acontecido isso a ela, como vi no video. O Segundo: "o evangelho que tem se propagado em nosso país, onde homens manipulam a Palavra de Deus para satisfazer seus desejos e ambições egoístas. Apresentam um Deus que se resume apenas em um "resolvedor de problemas". Dai a pergunta é: Qual desses é o verdadeiro Evangelho que Cristo nos deixou? Em qual você acredita? E pra piorar ainda existem àqueles que abusam do desconhecimento bíblico da grande maioria dos evangélicos e praticam um "estelionato gospel".

Pense comigo, o que levaria um cristão que diz pregar o verdadeiro evangelho adquirir aviões de R$ 30 Milhões de reais enquanto muitos outros vivem em condições precárias de vida para pregar a Palavra? o que levaria um cristão que diz pregar o evangelho adquirir 2 helicópteros de R$ 22 Milhões de reais cada enquanto muitos precisam se sujeitar a viver limitados de quase tudo e manter-se fiel ao evangelho? o que levaria um "cristão" que se diz "pregador do evangelho" desperdiçar cerca de U$ 300 Milhões de dólares na construção de um templo que apenas se tornará símbolo máximo de auto exaltação e grandeza egoísta do mesmo e de sua instituição?

Tudo isso tem apenas uma resposta OSTENTAÇÃO!

Lideranças evangélicas de nosso país que não estão nenhum pouco preocupadas com a obra evangelistica em si, mas que tem  a ostentação megalomaniaca como principal objetivo de seu "mini-istério" e o enriquecimento próprio e que para isso pregam um evangelho que de Evangelho não tem nada!

Caro leitor, que venhamos a ter uma conscientização maior a respeito do que é realmente o verdadeiro Evangelho de Cristo e não essa "festa dos poderosos" que tem se tornado a pregação desse "pseudo evangelho" no Brasil, que ao invés de levar vidas ao arrependimento, levam seus seguidores e propagadores a barganharem com Deus sua "vitória" apenas com o objetivo de lucrarem as custas da falta de conscientização da grande maioria de evangélicos desse país. (Os 4:6a. "O Meu povo foi destruído por falta de conhecimento")

Por fim, a peça conseguiu me levar a mais uma nova reflexão e motivou-me a orar cada vez mais por aqueles que se dispuseram obedecer ao chamado do Senhor e realizar a obra de missões, e pedir também para que Deus manifeste sua misericórdia sobre aqueles que usam o evangelho como ferramenta de engano e de auto promoção e voltem a pregar o verdadeiro evangelho missionário.

Pensem nisso: "Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

E enquanto você reflete sobre isso, continuo crendo e pensando, pois isso é o que faz crescer...

sábado, 2 de outubro de 2010

Reforma, rumo aos 493 anos.



Este mês, mais precisamente dia 31 de outubro comemoraremos 493 anos de Reforma Protestante. Um dos eventos que marcou a história do Cristianismo pós idade média, neste dia o monge agostiniano Martinho Lutero dava um passo que mudaria os rumos da igreja romana e daria início a uma reforma. 

A Reforma era algo já em ebulição desde o século XIV, mas, seu grande marco foi em 31 de outubro de 1517 quando Martinho Lutero afixou suas 95 teses na porta do castelo em Wittenberg - Alemanha, condenando a venda de indulgências (perdão das penas relativas aos pecados). Martinho Lutero argumentou contra esta prática dizendo que a salvação era alcançada pela graça, pela fé, através de Jesus Cristo, conforme as Escrituras Sagradas. 

Durante toda minha vida de cristão esse foi um acontecimento que nunca havia dado muita importâcia (não que o considerasse insignificante, mas por desinformação) até que após dar inicio aos meus estudos no seminário de teologia a dois anos, comecei a estudar sobre esse acontecimento e vários outros assuntos dos quais eu jamais havia ouvido qualquer menção na igreja da qual sempre congreguei, e hoje, depois de pouco mais de 2 anos de seminário, esta é uma data que sempre vem a minha mente neste mês, pois teve uma contribuição fundamental para nossa doutrina cristã. 

Aliás, hoje mais do que  nunca, vivemos dias muito difíceis de igreja protestante no Brasil, se é que ainda restam algumas poucas, já que a grande maioria das que vemos hoje em dia abandonaram completamente os principais pontos da reforma e trocaram por "indulgências evangelicais" e isso me parece um retrocesso, ou estou enganado? 

O preço pago pelas indulgencias à igreja católica na época de Lutero era para a "salvação da alma" dos pecadores, pois estes queriam se ver livre de uma condenação eterna, e viam nas indulgêcias o meio mais fácil de conseguir se safar, dai enquanto uns queriam obter lucro, outros queriam a qualquer preço sua "VITÓRIA". 

Ops! VITÓRIA? 

Esse termo me soa como algo muito familiar em nossos dias, não acha? 

Nos tempos de Lutero pagava-se tudo quanto era exigido pela igreja romana para que se tivesse o direito de se considerar uma pessoa "salva" ou "vitoriosa" e assim sair por ai cantante e saltitante dizendo "estou livre dessa culpa" somente pelo simples fato de ter pago por ela. Grande engano! 

493 anos se passaram e infelizmente grande parte daquela igreja que foi reformada e assumiu a identidade de uma igreja que protestava contra os abusos e a enganação proporcionada pelos lideres da igreja romana, estão voltando atrás e praticando as mesmas coisas que combatiam.

Nos dias de hoje, o que era o objeto de "vitória" na época de Lutero e fonte de lucro da igreja romana e de seus lideres, foi substituido pelos "ex-protestantes" e seus  lideres por "bençãos financeiras", "bençãos sentimentais", "benção de curas", "bençãos de causas impossíveis" e por ai vai... (não desacredito que tais coisas como essas possam acontecer, porém para isso creio na manifestação apenas da Graça, Misericórdia e vontade Soberana de Deus) pois para alguns, conquistar essas bençãos faz-se necessário fazer qualquer coisa que lhe for pedido e pagar-se qualquer preço! Algo que vai de R$ 900,00 por uma unção financeira, R$ 1.000,00 para fazer parte do clube de "eleitos" à crentes VIP'S do reino, R$ 100,00 por uma garrafinha d'agua ou um copinho de areia (risos...essa do copinho eu tava presente!) e várias outras práticas pagãs. 

Em meio a tudo isso se faz extremante necessário voltarmos aos princípios fundamentais da reforma de 1517 que são:

Sola fide (somente a fé);
Sola scriptura (somente a Escritura);
Solus Christus (somente Cristo);
Sola gratia (somente a graça);
Soli Deo gloria (glória somente a Deus)

Talvez assim, seguindo de maneira fiel os ensinos da Sagrada Escritura como os reformadores fizeram, essa crise de identidade que a igreja evangélica brasileira está passando nos dias de hoje chegue a um fim.

Reformar é preciso!

Deus abençoe a todos!

"Enquanto isso, continuo crendo e pensando! Pois isso é o que faz crescer."