O Noivo e a Noiva

"Ap. 19:7. Regozijemo-nos! Vamos alegrar-nos e dar-lhe glória! Pois chegou a hora do casamento do Cordeiro, e a sua noiva já se aprontou."  NVI 

Em toda minha vida de Cristão (e não é tão curta), sempre ouvi pessoas pregarem sobre essa analogia entre Cristo “o noivo” e a Igreja “a noiva”, porém ainda não havia compreendido plenamente por que essa analogia é tão bem aplicada e se encaixa tão perfeitamente na relação entre Cristo e sua Igreja.

Não sou casado (ainda..rs), não estou noivo (ainda tb não..rs) apenas namoro, mas foi desse meu namoro que certo dia percebi de uma maneira mais plena (pelo menos para mim) qual o sentimento que estava no coração de Cristo ao passar por todo o sofrimento e dar a sua vida pela sua noiva (igreja).

"Ap. 21:2. Vi a Cidade Santa, a nova Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus, preparada como uma noiva adornada para o seu marido." NVI

Gosto muito de minha namorada e com certeza esse é um sentimento (casar) que existe em meu coração, com isso, foi então que num certo momento ao seu lado eu me apercebi que tenho em mim a preocupação de ser aquele que melhor cuida dela, tenho em meu coração o desejo de sempre estar ao seu lado, o desejo de sempre protege-lá, o desejo de cuidar para que ela sempre esteja feliz, segura, amparada e livre de qualquer coisa que possa fazê-la se sentir menos amada ou desprotegida.

A felicidade em fazer todo o possível para alcançar o objetivo de deixá-la feliz e protegida faz com que todos os desafios que encontro pelo caminho se transformem em obstáculos simples de serem superados, pois o combustível que move um coração que ama, é mais forte e maior do que tudo o que ele encontra pela frente.

Talvez e provavelmente a intensidade com que Cristo (noivo) amou e ama a Igreja (noiva) não seja a mesma intensidade do que sinto por minha namorada, mas se foi o verdadeiro amor de Salvar, Resgatar, Libertar e Proteger sua noiva para mantê-la sempre ao seu lado que levou o Filho de Deus e entregar sua vida por ela (a igreja), então eu compartilho (em parte, pois não ouso dizer que amo como ele amou! amor perfeito!) desse sentimento que permeou o seu coração pelo resgate e salvação de sua “amada”.

Se Cristo nos ama como um noivo ama sua noiva e por ela faz o que for preciso, então tenho a convicção de que todo o cuidado, toda a proteção, todo o amor e o desejo de estar ao lado de sua amada (igreja), é o que nos garante uma redenção plena e eterna. E me enche o coração de alegria ter a certeza de que esse amor com que fomos amados, partiu daquele que é perfeito e imutável! E nada nos conforta e nos deixa mais seguros de nossa importância e de nossa redenção! Do que sermos amados! E mais ainda, com um amor que jamais terá fim! O Amor do Filho de Deus.

Deus abençoe a todos!

Fez da pedra travesseiro

 

 

Jacó dormiu e fez da pedra travesseiro. Era um movimento de fuga existencial. Ele fugia do irmão, do passado, e principalmente de si mesmo. Era um movimento desesperado que sobrepujava a historicidade do acontecimento. É como disse Kierkegaard, o desespero de ser o que não gostaria de ser. Desespero de tentar ser como o célebre irmão Esaú, roubar-lhe a primogenitura, vestir-se com suas roupas, imitar sua pele cabeluda e no fim de tudo ser obrigado a confessar no tribunal divino em Peniel: Sou Yacob (em hb. enganador). É o desespero da culpa. Desespero da pergunta retórica de Jeremias 13.23 que ecoa no interior de todos nós: Porventura pode o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas? Como podereis vós fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal? Reformulando a questão seria: Como nós sendo yacobinianos por natureza nos livraremos de tão grande tendência ao pecado e culpa? Ou como Paulo suspirou: Quem me livrará deste corpo de morte?

Jesus também dormiu e não fez da pedra travesseiro. Era o sono dos justos. Podia, sem dever nada a ninguém, reclinar sua cabeça sobre uma almofada confortável, dormir e sequer notar a tempestade que assombrava seus amigos. Jesus não tinha a síndrome de Adão e Eva, portanto não se escondia de Deus e nem de ninguém. Não tinha culpas, muito menos pecados. Ele apenas ouvia do alto a voz do Abba que dizia: Meu filho amado que me dá muita alegria.

Onde você reclina sua vida? Sua culpa interior lhe faz dormir na dureza de uma pedra ou você consegue descansar confiantemente no confortável colo do Pai, porque sabe que é alguém justificado pelo Filho?

Yacob, o Usurpador, se tornou Israel. Deus o mudou, e a partir de então recebeu sua uma nova identidade. Nunca mais precisou tentar ser o que não era. De semelhante modo, nós também recebemos uma nova identidade e uma nova disposição interior. Morremos com Cristo e com ele também ressuscitamos. Somos uma nova criação, as coisas velhas se passaram, tudo se fez novo. Somos aqueles que Jesus ama graciosamente, pois não temos a justiça própria que vêm da lei ou de nossos parcos esforços, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé.

Não há condenação, somos filhos reconciliados e não precisamos mais dormir em travesseiros de pedra como aqueles que fogem. Por isso podemos assumir com confiança inabalável a atitude de fé que sugeriu o monge trapista Thomas Merton:

“Abandone de vez suas pontuações e renda-se com toda sua pecaminosidade ao Deus que não leva em conta nem os pontos, nem aquele que os marca, mas vê em você somente um filho, remido por Cristo.”

FONTE: Genizah

E a Cruz?

Ah! A cruz de Cristo!

Esta sim, tornou-se a propiciação dos desejos desenfreados dos homens. A luz para os que buscam a felicidade material. A resenha dos sonhos relativistas dos corações amargurados deste mundo. O emblema da felicidade autêntica, da felicidade instantânea. O escudo que dilacera os inimigos. O amuleto das finanças inseguras. A proteção dos pescoços desavisados. O esconderijo dos pecados dos pecadores não arrependidos.

Das várias formas que se deu a ela, a sua essência quase se perdeu. A cruz está alegórica e já não possui literalidade. Para onde foi o seu escândalo? O que houve com seu peso? Onde estão seus pregos? Onde estão as manchas do imaculado sangue do filho de Deus aspergido sobre seus discípulos? O cálice tão pesado a Jesus, tornou-se símbolo benévolo de uma sociedade triunfalista que determina sobre as chagas do Cristo crucificado as suas bênçãos.

Esta cruz antes tão odiada e rejeitada, agora, tão desejada e idolatrada. Constantinos ainda emergem da imortal religiosidade bradando: “Por este sinal venceremos! A tudo e a todos”. Não há mais quem se envergonhe, não há quem seja perseguido. A mensagem do calvário fora dilacerada pelo pragmatismo evangeliquês, e pela contingência da sociedade “cristã” ante ao Evangelho. Recebe-se o Cristo crucificado, porém, ignora-se a cruz da negação própria.

Ouvem-se gritos: “Queremos Cristo!”. Ouvem-se sussurros: “Mas, não a Sua cruz!”. Logo, ouve-se uma solução funesta: “Receba a Cristo, e simplesmente finja carregar a Sua cruz”. Em meio ao desprezo do discipulado da cruz de Cristo. Em meio à tentação de abandoná-la. Surge um grito da reforma, um eco de suas teses, sobre uma geração que desconhece o valor da cruz. "Portanto, fora com todos esses profetas que dizem ao povo de Cristo "Paz, paz!" sem que haja paz!”; "Que prosperem todos os profetas que dizem ao povo de Cristo "Cruz! Cruz!" sem que haja cruz!”.

Fonte: Bereianos

Púlpito não é palanque!

Mais uma vez está de vento em poupa mais uma campanha política, e com ela muitas igrejas evangélicas abrem suas portas para ela. Não quero aqui fazer uma apologia ao descumprimento eleitoral de exercer o seu papel de cidadão e eleger aqueles que vão “governar” nossa nação em todas as suas instâncias, muito pelo contrário, acredito que votar é além de um papel de cidadão, um papel de cristão, pois fazemos parte de uma sociedade e nela ela temos o direito de escolher aqueles que acreditamos ser uma a melhor escolha para os cargos mais importantes de uma nação.

Porém, muitos cometem equívocos (e como!) em suas campanhas políticas. Usar rádios, TVs, internet, outdoors, cartazes, carros de som, bandeiras, adesivos, etc... são até aceitáveis, mas usar púlpitos de igrejas (principalmente as que se dizem Cristãs) é e sempre será um grande absurdo! Usar de oportunismo por encontrar os cristãos reunidos em um culto e fazer disso um palanque para angariar votos é além de uma covardia com os presentes, um ato anti cristão! Esse, não cometido pelo candidato ali presente para expor sua campanha e conseguir seus votos, mas sim por pastores(as) que tiram o foco de adoração e de culto ao Deus Soberano e o substitui por um ato de pura politicagem (literalmente).

Muitos de nós somos conhecedores de casos em que alguns pastores(as) vendem os votos de suas ovelhas por bancos ou cadeiras, equipamentos de som, material de construção, cestas básicas, contribuição em dinheiro, e diversos outros favores políticos, dizendo esses corruptos que “é para a melhoria da obra!” por isso cometem essa atrocidade com suas ovelhas e principalmente contra um lugar usado para apresentar Cristo aos perdidos.

Todos os cristãos verdadeiros devem combater veementemente está prática, deixando bem claro sua reprovação de tal ato repugnante e sem nenhum compromisso com o evangelho, pois os púlpitos que usamos para a propagação do evangelho não pode virar covil de oportunistas que querem apenas aproveitar-se de uma situação.

Para refletir pense em algo do tipo “Cristo aprovaria tal prática?”

Mt 21:13. e lhes disse: "Está escrito: 'A minha casa será chamada casa de oração mas vocês estão fazendo dela um covil de ladrões'

Deus abençoe a todos!

Idolatras por natureza?

Aqui estou eu postando mais um texto. Depois de uma noite em claro (tentei dormir mas não consegui) resolvi levantar e ligar a TV, após passar por vários canais me deparei com um canal que passava um certo programa religioso (acredito ser evangélico, mas esse eu ainda não tinha visto) que tinha o nome de “O Caminho Antigo” que pelo que entendi, tem como seu líder uma pessoa conhecida como “Irmão Eli Soriano”, enquanto assistia o tal programa durante um tempo, percebi que o “Irmão Eli Soriano” fazia várias explanações sobre questionamentos de pessoas que estavam presentes na reunião, isso de uma maneira sempre dando exemplos bíblicos, porém certas coisas eram bem contraditórias ao meu ver, mas continuei assistindo para ver no que iria dar.

 
Outras coisas também me chamaram a atenção, mensagens de rodapé no vídeo, coisas do tipo: “Nós pregamos o evangelho grátis” e outra como “Não aceitamos contribuição monetária de pessoas que não fazem parte da nossa igreja” me deixaram meio intrigado, afinal de contas não é muito comum ver coisas desse tipo, principalmente em programas gospel. (Já imaginou o $r. Valdomiro falando coisas do tipo: “Não aceitamos contribuição monetária de pessoas que não fazem parte da nossa igreja”. Seria para ele uma heresia tal afirmação dessa! (Além de no final do balanço contábil do ano, o lucro liquido ser bem menor)

 
Porém algo em especial me chamou mais a atenção, e foi exatamente isto que me levou e escrever esse texto. Foi exatamente a ÊNFASE que era dada ao “irmão Elisoriano”, dava a impressão do tipo ELE É O CARA! Coisa como “o último gole da Coca Cola”, ou ainda como na chamada do programa mesmo dizia: “o mais sensato dos pregadores”. Era nítida a ênfase ao irmão e isso me fez lembrar que muitos da comunidade chamada evangélica no Brasil parecem ter uma idolatria por natureza. (ou seria por cultura?)

 
Isso mesmo, esse foi o termo que me veio à mente (idolatras por natureza) quando me lembrei de casos que presenciei e de outros que acompanhei de uma forma mais distante. Parece que existe em muitos evangélicos um desejo por “idolatrar” seja alguém ou alguma coisa. Aqueles que se mostram os maiores combatentes da idolatria são em alguns casos os que idolatram. Pessoas que de forma alguma ousam questionar por menor que seja as palavras, idéias, ou comportamento de seus "apóstolos", “pastores” e "lideres" autoritários e auto intitulados “homens de Deus”, homens e até mulheres que deixam claro que de forma alguma aceitam serem questionadas quanto as suas práticas e palavras porque sempre se acham respaldadas por textos bíblicos. Usam textos para basear suas atitudes e ao mesmo tempo para ameaçar qualquer um que o questione.

E daí, existem muitos que seguem cegamente as ordens desses ditadores da fé sem se quer levar em consideração uma análise bíblica de tais atitudes, palavras e comportamentos (até mesmo por que para muitos, idolatrar e seguir de maneira cega e irracional é bem mais fácil do que pedir orientação a Deus através das Escrituras. Porém, não deveria ser!)

 
Acredito de maneira sincera que existem sim homens e mulheres que merecem a nossa admiração, nosso respeito, credibilidade e carinho por todo o trabalho que muitos tem feito em prol da causa do evangelho, porém, agir como se muitos fossem pessoas inquestionáveis ou intocáveis quanto as suas idéias, atitudes e palavras, é algo que muitos evangélicos precisam rever.

 
Meu desejo é que a cada dia nós possamos estar preparados para recebermos orientação e apoio de pessoas instruídas nas Escrituras e movidas pelo Espírito de Deus para ministrar com sabedoria e de maneira fidedigna e racional uma orientação verdadeira e baseada não em um autoritarismo, mas no amor de Cristo.
Que Deus abençoe a todos!

HAJA LUZ TEO-LÓGICA!

Primeiro texto, um misto de alegria e expectativa! Tenho acompanhado já há algum tempo alguns blogs na internet, alguns que estão relacionados em minha lista de blogs que EU SIGO são aqueles que já venho acompanhando há algum tempo por isso depois de um bom tempo acompanhando blogs, decidi criar o meu.

Sou estudante de teologia, alguns podem até imaginar, “futuro teólogo?” sim e não! Sim, pelo fato de que não tem como fugir de ser teólogo quando se termina um curso de bacharel em teologia depois de longos 4 anos de estudo (ainda restam 2 Ufa!), e Não, porque mesmo depois de tudo o que aprendi e ainda tenho a aprender, prefiro usar o nome de “Estudante de Teologia”.

Apesar de 18 anos como evangélico, essa já não é mais uma nomenclatura que uso com freqüência como antes, ou melhor, já aboli do meu vocabulário quando me refiro a mim quanto a minha crença, primeiro pelo fato de que hoje o termo foi jogado no lixo por esses “convencidos” (ao invés de convertidos) por um evangelho que não apresenta a cruz, mas que a esconde por traz de uma suposta “VITÓRIA” utópica que nasce nas frustrações do próprio ser humano. E segundo, porque prefiro usar o nome de CRISTÃO! Pois considero um termo que não inclue-se como “status social” como o termo evangélico hoje tem feito. E mesmo depois de todos esses anos de caminhada no evangelho eu ainda me vejo alguém que está na busca de ser um cristão assim como nos é requerido. (Livra-me de mim mesmo Senhor!)

Enfim, minha maior intenção em dar inicio a essa nova empreitada é poder adquirir mais conhecimento e ao mesmo tempo expressar um pensamento cristão baseado num pensamento reformado, pois acredito que em nossos dias de “crise evangélica” o que precisamos realmente é de uma reforma em nossa “casinha de orações” e assim sermos realmente a Igreja ao qual Cristo nos ensinou e que precisamos ser.

Acredito que cristãos sadios são inteiramente capazes de juntar a Fé e o Conhecimento em todos os aspectos da vida, pois é isso que nos livrará de sermos apenas mais um na multidão manipulada por charlatões que se aproveitam da falta de conhecimento da massa para tirarem proveito única e exclusivamente em beneficio próprio. “Os 4.6 Meu povo foi destruído por falta de conhecimento.”

Meu desejo de coração é sempre que for postado algum texto nesse blog estar contribuindo para o crescimento espiritual e humano de todos aqueles que acompanharem de forma constante ou até mesmo numa rápida passada. Pois é de palavras pautadas nas escrituras e sem manipulação hermenêutica que todos nós cresceremos na graça e no conhecimento.

Deus abençoe a todos e até a próxima!