quinta-feira, 17 de março de 2011

Sexo na Igreja




1Co 6:12 "Tudo me é permitido", mas nem tudo convém. "Tudo me é permitido", mas eu não deixarei que nada me domine. NVI


O sexo sempre foi um dos pilares de muitas das crises que a muito fazem parte da vida cristã na era moderna e principalmente nesses nossos dias de pós modernidade em nosso meio cristão. Sexo e Cristianismo me parecem que para muitos são coisas antagônicas em todo o seu tempo e sentido, pelo menos para cristãos que veem o cristianismo autentico apenas como uma religião ou uma ideologia, colocando em primeiro lugar dogmas adquiridos com o passar do tempo ou com a prática repetitiva.


Porém, é algo claro e nítido que preceitos foram ensinados e “regras” foram apresentadas para que o mesmo não fosse apenas um ato instintivo mas que fosse sentido e vivido em sua plenitude de amor e observância divina. O sexo nasceu com o ser humano, e foi-lhe criado para que dele a multiplicação como ordenança do Criador também fosse cumprida, no entanto tal ordenança não foi unicamente a intenção de tal dadiva dada aos seres humanos, o sexo também representa a maior e mais intima relação que um homem e uma mulher podem desfrutar juntos em amor e obediência.

 
Em sua essência de relacionamento entre homem e mulher (o natural) o sexo sempre deixou muitos de nós com algumas dúvidas e outros cheios de certezas de como relacionar o sexo com a vida cristã, muitos acreditam e pregam de maneira quase que absoluta que o relacionamento sexual natural entre homens e mulheres são a causa de destruição e desvios de conduta de muitos crentes em quase todas as épocas da historicidade humana, não só quando há discordância, mas também concordância com seus preceitos. Em muitas épocas o sexo sempre foi visto como algo sombrio e tenebroso.


No entanto, hoje em pleno século XXI muitos crentes ainda tratam desse assunto como algo pertencente ao mundo, como algo que “infelizmente” existe e que seria bem mais fácil seguir e obedecer as observâncias divinas se tal desejo não habitasse em nós. Felizmente para alguns e infelizmente para outros ele existe, e por incrível que pareça foi colocado em nós quando fomos criados. Deus colocaria no homem um desejo de se auto-destruir por seu desejo para fazer dele escravo de si mesmo? Eu não acredito nisso. Assim como também não acredito que o sexo criado por Deus seja destrutivo e maléfico para o ser humano dentro de seus preceitos divinos. O homem perverteu a si mesmo movido por seu próprio pecado.


Mas o que me fez refletir sobre esse assunto e assim escrever esse texto foi a seguinte questão: e nossas igrejas? Hoje, as igrejas evangélicas tem tratado desse assunto como ele merece ser tratado ou será que ele continua sendo apresentado como “ato de procriação” para alguns e “ato de condenação e perversão” para outros? Será que essa “liberdade sexual” que é vendida pelo mundo foi comprada pelos crentes modernos de nossos dias? E por que? Por simples desejo ou por falta de uma instrução racional e espiritual na mesma proporção para dar-lhes uma base sadia e bíblica sobre o assunto?


Muitos simplesmente condenam o sexo (dentro e fora de seus preceitos) e colocam ele como “pecado supremo” em que aquele que assim o comete, é passivo de castigo e digno apenas de punição, e contra partida, coisas como desonestidade, falacias, desumanidade, descompromisso, engano, mentiras, e outros atos também pecaminosos são menos merecedores de castigo e punição.


Contudo, o que ao meu ver tem prevalecido não é um discurso sincero, claro, instrutivo, racional, e didático sobre esse assunto nos púlpitos das igrejas e reuniões entre crentes, e sim um discurso hipócrita que em nada tem sido eficaz, muito pelo contrário, enquanto muitos tem apresentado o sexo apenas como um ato de pecado, esse pecado tem se alastrado e aos poucos vem sendo visto como “algo normal” por muitos e muitos nos dias de hoje, e isso tem gerado uma sensação e criado um sentimento de que uma vida sexual ativa porém distinta de preceitos estabelecidos biblicamente são coisas do passado, e com a ajuda do modernismo em suas mazelas que invadem as igrejas, e tem criado muitos “doentes” e “neuróticos” por satisfazerem seus desejos a qualquer preço ao custo de nada mais que uma “disciplina”.


Como disse o versículo no inicio, "Tudo me é permitido", mas nem tudo convém. "Tudo me é permitido", mas eu não deixarei que nada me domine. Demonstra que o sexo (hoje mais do que antes) está ao nosso alcance, e somente um coração moldado e uma mente sadia de ensinamento sadio podem viver de maneira livre e sem ser escravizado ou dominado por seus desejos corrompidos pelo pecado original.


Enquanto você reflete sobre isso, continuo crendo e pensando pois isso é o que faz crescer...

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